Você sabia que, atualmente, empreendedoras e empreendedores negros movimentam R$ 1,7 trilhão por ano no Brasil? E que mais da metade (aproximadamente 51%) dos empreendedores brasileiros são pretos ou pardos e, destes, 52% são mulheres? Esses números vieram diretamente do estudo Empreendedorismo Negro no Brasil, realizado pela aceleradora de empresários negros PretaHub, da Feira Preta (em parceria com a Plano CDE e o JP Morgan) e comprovam uma realidade contemporânea: o empreendedorismo negro cresce cada vez mais no mercado.

 

Mãos dadas

Talvez você já tenha ouvido falar do black money (“dinheiro negro”, no inglês), um movimento que nasceu nas comunidades negras dos Estados Unidos com o intuito de estimular pessoas negras a adquirir produtos ou serviços de negócios geridos por outras pessoas negras, assim gerando um ciclo de cooperação financeira que ajudaria seus pares a crescer e se desenvolver. Esse movimento está intrinsecamente conectado ao afroempreendedorismo no Brasil.

Por aqui, a comunidade negra deu um passo além: “E se não somente adquirirmos produtos e serviços, mas também dermos oportunidades?”. Foi com uma mentalidade como essa que Nina Silva idealizou e construiu o Movimento Black Money, uma plataforma que conecta pessoas negras do mercado e consumidores, além de abrir oportunidades de educação e crédito, trazendo planos de inclusão racial. Em 2020, convidamos a Nina para conversar na Live Visa e Sicredi - Encontro Empreendedora. Já em 2021, Nina foi eleita a Mulher Mais Disruptiva do Mundo pela Women in Tech Global Awards, em Portugal.

Considerando que o conceito de “disruptivo” é, segundo o dicionário, aquilo que rompe ou altera um processo, a premiação é mais do que adequada. O que Nina construiu é uma pedra angular que inspira e estimula que muitos outros projetos emerjam e mostrem quanto potencial esse mercado tem, especialmente quando trabalhamos de forma coletiva, de mãos dadas.

 

Cooperando rendemos mais

Hoje temos cada vez mais empreendimentos e startups que seguem esse mesmo modelo de dar visibilidade e apoio dentro da comunidade negra para que consigam prosperar nos mais diversos âmbitos. A PretaHub, que citamos no início deste texto, é um exemplo disso. A iniciativa é um hub de criatividade, inventividade e tendências pretas, e é hoje responsável pela capacitação de mais de 4 mil afroempreendedores em todo o país.

Já a REAFRO, Rede Brasil Afroempreendedor, é uma associação sem fins lucrativos que tem como propósito gerar apoio para que afroempreendedores e afroempreendedoras se desenvolvam. De estrutura básica a mentorias especializadas, o programa traz uma série de orientações e serviços focados no planejamento de negócios e desenvolvimento de pessoas pretas.

Depois de crescer sob uma invisibilidade cultural, hoje vemos essa invisibilidade ser apropriada e transformada em oportunidade de crescimento para toda uma comunidade. Segundo Nina Silva, não há transformação social radical sem um espírito de coletividade, e é isso que vemos nesse movimento tão intenso e que ganha cada vez mais força.

Que continuemos todos crescendo juntos.

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