Em tempos de isolamento social, Programa A União Faz a Vida segue promovendo impacto positivo nas comunidades
Com o cenário de pandemia provocado pelo COVID-19, um número expressivo de escolas no mundo teve suas atividades presenciais suspensas. Educadores se viram, de uma hora para a outra, tendo que atuar em um contexto de excepcionalidade.
Nesse caso, como colocar em prática os princípios de cooperação e cidadania vivenciados através da principal iniciativa de responsabilidade social do Sicredi, o Programa A União Faz a Vida (PUFV)? Como buscar alternativas para fazer com que as vivências das escolas e dos educadores se tornassem significativas, expressivas e solidárias?
Foi aí que a Sicredi Sudoeste MT/PA buscou planejar ações para proporcionar momentos de escuta ativa e aprendizagens significativas que promovessem a conexão com o propósito do programa, mesmo em período de distanciamento social. Foram estruturadas atividades voltadas aos assessores pedagógicos, educadores, alunos e familiares, sempre colocando a cooperação e a cidadania em prática. Utilizando os recursos, profissionais e ferramentas já disponíveis. Tudo com o objetivo principal de proporcionar um espaço de diálogo e fortalecer a parceria com a rede de compromisso do PUFV, possibilitando a compreensão do cenário de cada município. As ações ocorrem em formato de lives virtuais, bate-papo via plataformas de videoconferência, vídeos e atividades compartilhadas via app de mensagens instantâneas ou Google Sala de Aula.
Nos municípios de Campos Novo do Parecis e Sapezal foi desenvolvido o Caderno Familiar Cooperativo. Com enfoque pedagógico e abordagem narrativa, o caderno traz atividades que potencializam habilidades de pensamento e imaginação, valores interculturais e um conjunto de atitudes que perspectivam os valores e princípios do Programa A União Faz a Vida. As atividades foram produzidas de forma personalizada, considerando o diagnóstico de desenvolvimento construído pelos educadores e a característica da fase de desenvolvimento das crianças. O material é destinado às escolas que disponibiliza-o aos pais e/ou responsáveis.
Outro exemplo de ação que tem sido desenvolvida com os educadores chama-se “mapa da empatia”. A dinâmica consiste em desenhar o perfil do educador com base nos sentimentos dele. Ou seja, nesse momento desafiador, onde muitos educadores estão passando por dificuldades (emocionais, perda de familiares, incertezas, ausência do posto de trabalho, dificuldades com o trabalho remoto), buscamos trabalhar o mapa da empatia para promover experiências positivas durante esse momento de afastamento da Sala de Aula.
Entre os meses de abril e setembro, a Sicredi Sudoeste MT/PA já contabilizava 142 lives realizadas em todos os 8 municípios onde é desenvolvido o Programa A União Faz a Vida. São eles: Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Nortelândia, Nova Marilândia, Paragominas, Sapezal, Tangará da Serra e Várzea Grande.
De acordo com o presidente da Sicredi Sudoeste MT/PA, sr. Antonio Geraldo Wrobel, realizar ações que ajudam a promover uma educação de qualidade faz parte do compromisso assumido pela cooperativa em prol do desenvolvimento local. “Tem sido uma experiência muito positiva trabalhar a nossa maior entrega para a comunidade que é o PUFV durante este momento que estamos passando. Estamos mantendo a proximidade com os educadores mesmo à distância. Tanto o modelo cooperativo quanto nossas ações em benefício à comunidade nunca fizeram tanto sentido quanto no período atual”, afirmou o presidente.
Depoimento de educadora
“Nessa pandemia, nós temos aprendido coisas muito boas como, por exemplo, fazer o mapeamento da empatia com os pais. Então, nós tivemos durante a semana uma reunião sobre esse assunto tão importante. Nós já havíamos conversado com alguns pais sobre esse tema, mas com muitos deles não foi possível abordar esse assunto. Nos últimos dias, eu pensei: como que eu vou conversar com esses pais? Então, eu resolvi mandar as mensagens para os pais durante a noite, pois muitos pais trabalham durante o dia e não tem como conversar com eles nesse período. Foi muito legal, deu certo e o retorno das crianças foi maravilhoso. E o que eles mandam pra gente é fantástico. Infelizmente, tem mães que ficaram doente, pegaram COVID, tem criança que está precisando de ajuda, tem mãe que está precisando também de ajuda e a gente marca e vamos ajudar no que a gente puder. Então, essa oportunidade de trabalhar com essas crianças a empatia é muito bom. O retorno para nós é muito grande. É maravilhoso ouvir a voz das crianças, saber como elas estão. Estou amando esse trabalho. A educação é a melhor coisa que pode ter na vida de uma pessoa que ama essa profissão e eu amo essa profissão. Ser professor é um privilégio.”
Joana Maria Urel
EMEF José Delfino Campos de Sousa - Campo Novo do Parecis-MT