Artigo: Ano Novo - a receita para prosperar em 2023 é o cooperativismo!
*Marco Túlio Duarte Soares
Ao começar um ano novo, costumamos refletir sobre o que já se viveu até aqui. Esse também é o momento em que olhamos para o futuro, renovarmos as esperanças e, também, quando surgem planos, metas e até novos sonhos. Mas é preciso lembrar que não conseguimos realizar tudo sozinhos, precisamos contar com a ajuda de outras pessoas, mesmo que direta ou indiretamente.
E o cooperativismo significa, justamente, a união de pessoas e tem como valores a solidariedade, a gestão compartilhada, valorização e priorização do capital humano. O cooperativismo é mais que um modelo de negócio, trata-se de uma alternativa para sua vida que gera impacto coletivo.
Para entender melhor esse conceito, vale aqui um fato histórico do surgimento do cooperativismo, que ocorreu em 1844, quando um grupo de tecelões ingleses, com intuito de melhorar a qualidade de vida das pessoas, guardou um pouco de dinheiro para comprar itens básicos de alimento direto do produtor e abriram um pequeno armazém. Nesse empreendimento inovador e coletivo, eles eram donos e consumidores ao mesmo tempo.
No final repartiam tudo que ganhavam, o que originou a primeira cooperativa moderna do mundo. A prosperidade e o ganho foram tão relevantes que esse modelo, o cooperativismo, nunca parou de crescer. De lá para cá, em todos os continentes bilhões de pessoas participam de cooperativas em todos os setores da economia. Atualmente, esse é um movimento que gera qualidade de vida para mais de um bilhão de cooperados no mundo.
E o cooperativismo emprega atualmente mais de 100 milhões de pessoas. No Brasil, segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), baseada nos dados do anuário 2022 que traz os números referentes a 2021, existem atualmente no país 4.880 cooperativas com mais de 18 milhões de associados, sendo que Mato Grosso é o 6º estado com maior número de cooperados, chegando a quase 1 milhão.
Além disso, em 2021, foram gerados 493.277 empregos diretos, um aumento de 8% frente ao ano anterior, evidenciando mais uma vez a capacidade que o movimento possui de gerar trabalho e renda para o país. A pluralidade de ideias, opiniões e visões é o que torna as cooperativas mais fortes – e diferentes dos demais modelos econômicos.
E é, também, graças a essas características que ao longo dos últimos anos, conseguimos superar as crises e ajustar nossos processos. Agindo assim, conseguimos passar pelos momentos de dificuldade e, ainda, obter resultados positivos que só reforçam o impacto de nossas cooperativas para a economia brasileira. Além de ser motor da economia nacional, o cooperativismo faz a diferença na vida dos cidadãos.
Apenas em 2021, elas injetaram mais de R$ 17 bilhões em tributos nos cofres públicos. Além de mais de R$ 18 bilhões referentes ao pagamento de salários e outros benefícios destinados a colaboradores. Todo esse dinheiro volta para a comunidade, em forma de consumo, investimentos e geração de emprego. Isto valoriza a economia local, fator que é, inclusive, um dos diferenciais do cooperativismo.
Não deixamos o lado social de lado com a realização de ações como o Dia C, que estimula campanhas que vão desde educação financeira, até ações de arrecadação e distribuição de alimentos para os mais carentes. Também fomentamos atividades culturais, com patrocínios e apoios que ajudaram a preservar e valorizar as tradições regionais de cada comunidade.
E como não poderia faltar, o meio ambiente é uma que também precisamos ficar atentos. Um exemplo é o programa “Recuperando Nascentes”. Chegamos à 100ª edição neste mês. É um ato de cooperação para revitalizar e preservar nossas tão importante nascentes. Atentos ao presente e de olho no futuro.
Então, 2023 chegou, e o cooperativismo pode ser a receita para a prosperidade que tanto desejamos na chegada de um ano novo.
*Marco Túlio Duarte Soares é presidente da Cooperativa Sicredi Integração MT/AP/PA