As 175 vencedoras do prêmio Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil 2025 foram reveladas nesta quarta-feira (08/10), em cerimônia de premiação realizada por Época NEGÓCIOS, Valor Econômico e Great Place to Work, no Espaço Unimed, em São Paulo, diante de uma plateia de 1.300 pessoas.

Entre as Gigantes, as vencedoras foram Sicredi (1º lugar), Magazine Luiza (2º) e Gazin (3º). Novo Nordisk Produção Farmacêutica (1º), Tokio Marine Seguradora (2º) e Fundimisa Fundição e Usinagem (3º) foram os destaques na categoria Grandes. Em Médias, os primeiros lugares foram para Visagio (1º), Flexform (2º) e BHS (3º).

Mais de 5 mil companhias se inscreveram para esta edição do GPTW Brasil. As ganhadoras foram divididas em três categorias: 20 empresas com 10 mil ou mais funcionários (Gigantes); 85 com 1.000 a 9.999 funcionários (Grandes); e 70 com 100 a 999 funcionários (Médias).

O estudo vem mostrando ao longo do tempo que as organizações que proporcionam um bom ambiente de trabalho aos funcionários têm vantagens competitivas em relação às demais. As equipes são mais comprometidas, contribuem de forma efetiva para que os objetivos estratégicos sejam alcançados e participam ativamente dos processos de inovação. Consequentemente, há um impacto direto no resultado financeiro.

As organizações da lista do GPTW apresentaram em 2024 um crescimento médio em seu faturamento de 14% em relação a 2023, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro aumentou apenas 3,4% nesse mesmo período.

A pesquisa do GPTW identificou alguns desafios que precisam ser superados pelas empresas que buscam ser mais inovadoras: as questões relacionadas à saúde mental dos funcionários, que minam a criatividade; a dificuldade de muitos colaboradores em perceber o vínculo de propósito entre seu trabalho e a estratégia da empresa; e o distanciamento da alta gestão, que contagia negativamente as equipes. Outra dificuldade encontrada em algumas companhias é a gestão engessada e presa ao passado, em que burocracia, falta de clareza e valorização apenas de ideias externas sufocam a participação dos funcionários.

Assim como em anos anteriores, promover a diversidade ainda é algo complexo para muitas empresas, mesmo entre aquelas que contam com programas com essa finalidade. Das mais de 780 mil pessoas empregadas pelas 175 companhias classificadas, apenas 5% têm 55 anos ou mais – o mesmo percentual de 2023 –, o que revela a dificuldade de incluir profissionais mais experientes em seus quadros. As mulheres são minoria em todos os níveis: representam 43% do total de funcionários, 32% dos cargos de liderança e 10% das posições de CEO. Negros e pardos representam 38% dos funcionários, percentual bem abaixo dos 56% observados na população do país, conforme o Censo Demográfico de 2022.


A cerimônia
A 29ª edição do prêmio foi aberta por Maria Fernanda Delmas, diretora de redação do Valor Econômico e Marcas Segmentadas de Economia e Negócios da Editora Globo. Depois de comparar a cerimônia de premiação do Great Place to Work com o Camarote da Sapucaí no Rio - por causa do barulho feito pelas buzinas e vuvuzelas usadas pelo público -, ela lembrou como a inovação é gerada com mais facilidade em grandes lugares para trabalhar. “Entre as vencedoras do GPTW, 24% estão na categoria ‘estágio acelerado’, em que a inovação acontece de forma ágil e consistente. Nas demais, o percentual é de 7%. E isso tem impacto direto no resultado financeiro. As 40 empresas que atingiram esse patamar tiveram crescimento médio de 25% no faturamento, contra 14% do grupo geral das 175 classificadas.”

Na sequência, houve a participação em vídeo do CEO global do Great Place to Work, Michael C. Bush. “Nesta noite, 175 empresas e 5 milhões de empregados estarão representados nesta festa. Nem todas as empresas se classificaram, mas damos os parabéns também a todas que são certificadas pelo GPTW. As 175 vencedoras são as melhores do Brasil e estão, portanto, entre as melhores do mundo. Seu exemplo ajuda outras companhias a saber o que fazer para também alcançar esse estágio e se tornar um grande lugar para trabalhar.”

Depois, foi a vez de Tatiane Tiemi, CEO do GPTW Brasil, subir ao palco. “Neste ano, tivemos 5.322 inscritas, quase 3.000 delas elegíveis. Juntas, elas empregam mais de 5 milhões de pessoas. Podemos dizer então que se trata da edição do GPTW mais disputada do mundo. E uma das mais diversas: 45 companhias estão sendo reconhecidas pela primeira vez; 34 já marcaram presença em pelo menos 10 edições; 10 empresas já completaram mais de 1 século de história, e a mais jovem tem apenas 6 anos de vida. Em comum, a confiança como base das relações e alicerce da cultura.”

As vencedoras
Além dos prêmios principais da noite, foram entregues troféus para as ganhadoras na categoria Saúde Emocional: a lista foi composta por 10 empresas com ótimos índices relacionados à saúde e bem-estar. A escolha foi feita com base em uma ferramenta desenvolvida pelo Great People Mental Health, que faz parte do ecossistema Great People & GPTW.

A startup avaliou depoimentos dos funcionários das melhores companhias para trabalhar e, usando uma metodologia pautada em inteligência artificial e neurociência, extraiu dados relevantes sobre o cuidado com a saúde emocional. As vencedoras foram, em ordem alfabética: Accenture, Adecoagro, Banco Mercantil, Cielo, Icaro Tech, São Martinho, Sesi/Senai Alagoas, SLC Máquinas, V360 e Vitru Educação.

Na sequência, foram chamadas ao palco as Melhores Empresas para Trabalhar em 2025. Recebendo o prêmio pela Visagio, primeiro lugar entre as médias, Fernanda Becker, sócia da empresa, disse: “É muito gratificante chegar a esse resultado, que vem de um trabalho com muitas parcerias. O que a gente aprendeu nesse tempo todo é que não chegaria a lugar nenhum sem os nossos parceiros e clientes.”

Na categoria Grandes, quem recebeu o prêmio principal foi Ceci Klassmann, HR Senior Manager da Novo Nordisk Produção Farmacêutica. “Nós costumamos chamar a empresa de ‘fábrica de vidas’. O que a gente faz é resultado, é empatia, é meta. Por isso, hoje quero agradecer a cada pessoa da empresa. Nós continuamos crescendo porque acreditamos no que fazemos.”

Finalmente, César Gioda Bochi, presidente do Sicredi, subiu ao palco para receber o prêmio de primeiro lugar na categoria “Gigantes”, com 10 mil ou mais funcionários. “Quero agradecer aos nossos 50 mil funcionários. Vocês fazem a cultura da Sicredi, e a cultura de uma organização é o seu principal diferencial competitivo.”

Sobre o ranking
O ranking nacional das 175 melhores empresas para trabalhar é estruturado com critérios e métricas rigorosas e transparentes. Para participar, a empresa precisa cumprir dois requisitos: ter mais de 100 funcionários e conquistar a certificação do GPTW, que atesta a qualidade do ambiente de trabalho. Essa certificação é concedida às organizações que atingem a amostra mínima estatística e que alcançam pelo menos 70% de aprovação de seus colaboradores.

Após a inscrição, a empresa deve preencher dois questionários. No primeiro, são indicadas as características demográficas do quadro de funcionários. No outro, devem ser descritas as práticas da companhia, agrupadas em 5 pilares: confiança, maximização do potencial humano, eficácia da liderança, inovação, valores e movimento das lideranças. O resultado final combina a análise dessas duas etapas, sendo que é dado peso maior à percepção dos funcionários.

A cobertura completa do ranking, com relatos detalhados sobre os vencedores, estará na edição de outubro da Época NEGÓCIOS, que chega ao aplicativo Globo Mais no dia 16, e, nas bancas, no dia 21 de outubro. Também no dia 21, o jornal Valor Econômico irá publicar um suplemento sobre a premiação.

 

Matéria produzida por Época Negócias

 Ícone autor
Sobre a

Sicredi Progresso PR/SP

Fazemos parte do sistema Sicredi, a primeira instituição financeira cooperativa do Brasil, oferecendo produtos e serviços financeiros de um jeito simples e próximo.

Esse conteúdo foi útil para você?
Agência Sicredi
Existe alternativa para sua vida financeira!