Educação Financeira
“Nós não temos noção de quantas vidas a gente pode transformar, mas elas sabem ver a diferença que nós estamos fazendo. Eu vejo isso, trabalhando com Educação Financeira”
É de suma importância que desde as séries iniciais as crianças tenham contato com a educação financeira. No município de Capanema e nas cidades onde a cooperativa Sicredi Fronteiras atua, Vanessa Walter, colaboradora há 7 anos, criativa e proativa, ministra oficinas e conversas com crianças e jovens sobre a importância de manter uma vida financeira saudável.
A paixão por lecionar veio após se formar no magistério, por isso, não perdeu a chance de colocar as suas duas paixões em prática: trabalhar com finanças e ensinar. Em 2018 ela recebeu um treinamento com materiais do Banco Central do Brasil, onde continha toda a didática necessária para ministrar as oficinas. Na semana ENEF, Vanessa colocou os seus ensinamentos em prática. E foi inspirador. Foi o começo de uma história de amor ao cooperativismo e à educação.
Através das oficinas de educação financeira, Vanessa conscientiza as crianças e jovens sobre a necessidade de se realizar um orçamento pessoal e um orçamento familiar, mostra, com o seu jeito lúdico e paciente, um assunto que infelizmente as crianças não têm acesso nas salas de aula. “É preciso desmistificar o jeito que se vê a criança. Criança sabe sim falar sobre dinheiro, criança sabe sim como lidar com o dinheiro, e criança, assim como nós, pensa no futuro.”.
O trabalho de formiguinha, como Vanessa diz, já está dando resultados. A colaboradora, orgulhosa, contou a história do João.
João tem sete anos e é aluno da Escola Municipal Concórdia, em Capanema/PR. Após ouvir e interagir com a sua oficina, foi pra casa transformado.
Começou contando aos pais tudo o que aprendeu e fez com que eles abrissem uma poupança para ele, porque ele tinha aprendido que desta maneira as suas moedinhas renderiam mais do que no seu cofrinho, dentro de seu quarto.
E cada dia é uma surpresa diferente. Atualmente João vende geladinho para, segundo ele, ajudar na receita da família. Ele quer economizar e colocar o seu dinheirinho na poupança para conseguir pagar a sua faculdade e, no futuro, apenas com o rendimento, comprar um celular.
Vanessa, através de suas palavras, incentivou o pequeno João a tornar-se um microempreendedor, plantando uma sementinha de responsabilidade que ele irá colher no futuro.
Ao todo, até hoje foram mais de 50 oficinas ministradas. E ela não para: “Onde houver público que queira ouvir, nós estaremos lá para ensinar”.
Por que Vanessa se destacou diante de tantas pessoas que também falam sobre educação financeira? Porque ela vê a essência de cada pessoa. Toda a oficina ministrada por ela terá uma novidade.
Um dia, durante uma de suas conversas, um aluno perguntou a ela como surgiu a moeda. Ela então levou sal para a escola, explicando que este teria sido a primeira moeda de troca.
São experiências, ensinamentos palpáveis e dinâmicos. Tudo isso só é realizado pelas mãos e coração de quem gosta do que faz.
O trabalho realizado pela Vanessa, vai além das salas de aula. Elas impactam as famílias e a comunidade. O brasileiro, infelizmente, vive muito endividado. As dívidas ocorrem porque somos carentes de lições sobre educação financeira.
“Não quero que essas crianças aprendam a partir do erro. Logo elas serão jovens, irão para a faculdade, provavelmente vão morar em outras cidades. Eles precisam, desde já ter consciência de que a sua receita precisa ser maior do que as suas despesas. Parece simples, mas é necessário sempre recordar”.
Pequenas atitudes como: desligar a luz, fechar a torneira e utilizar água da chuva, vindas dos seus alunos, fazem Vanessa perceber que vale sim a pena todo o seu empenho e atenção com o preparo de cada oficina que ministra.
Ela diz sentir orgulho em trabalhar em uma cooperativa que investe na educação. Vanessa, privilegiados são aqueles que têm o prazer de ouvir atentamente toda a sabedoria e experiência que você tem a oferecer.
Fonte: Assessoria Sicredi Fronteiras