Sicredi neutraliza emissões de carbono relativas a 2021 e 2022
Instituição projetou suas emissões até o final deste ano e, por meio de apoio a seis projetos de créditos de carbono de Norte a Sul do país, neutralizou mais de 45 mil toneladas de carbono.
O Sicredi avança em sua estratégia de Gestão de Emissões e Mudanças Climáticas. Por meio do apoio a seis projetos de créditos de carbono localizados em diferentes regiões do Brasil, neutralizou mais de 45 mil toneladas de carbono, relativas às emissões calculadas em seu Inventário de Emissões de 2021 e projetadas para todo o ano de 2022.
Integrante do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), o Sicredi utilizou como critério de escolha projetos auditados, certificados e com rígido padrão de qualidade, que resultem em impacto positivo nos âmbitos social, ambiental e econômico, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
“Ter uma operação ecoeficiente é essencial para a nossa Estratégia de Sustentabilidade. Por isso, em 2022 aprovamos a criação do Programa de Ecoeficiência do Sicredi, que vem para direcionar o tema dentro de nossa estratégia. O programa se subdivide nas frentes de Operação Ecoeficiente e Gestão de Emissões e Mudanças Climáticas, que têm como objetivos ampliar a nossa contribuição com uma agenda positiva de ação contra a mudança global do clima e com o desenvolvimento das regiões onde estamos presentes", contextualiza Romeo Balzan, superintendente da Fundação Sicredi.
Além da neutralização anual das emissões calculadas no Inventário, o Sicredi vem evoluindo em iniciativas próprias de ecoeficiência para reduzir seu impacto. Só em 2021 a autogeração de energia solar evitou a emissão de 580 toneladas de carbono na atmosfera, e a intenção da instituição é ampliar cada vez mais essas iniciativas. Também há investimento em construções ecoeficientes como agências e sedes construídas a partir de critérios de sustentabilidade que contemplam por exemplo, reaproveitamento de água da chuva, baixíssimo desperdício de materiais, aproveitamento da iluminação natural, eficiência energética e autogeração de energia solar fotovoltaica.
Recentemente, o Centro Administrativo Sicredi (CAS), localizado em Porto Alegre, recebeu a recertificação LEED (categoria operação e manutenção de prédios já existentes) com a pontuação mais alta do Brasil. A LEED – Leadership in Energy and Environmental Design (Liderança em Energia e Design Ambiental em tradução livre) é uma certificação internacional para construções sustentáveis.
A medição das emissões da instituição é realizada a partir do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa Sistêmico, que contempla dados de todas as cooperativas e CAS. O inventário abrange três escopos de categorias de emissões: o escopo 1 refere-se às emissões diretas, como por exemplo as provenientes dos gases de sistemas de ar-condicionado utilizados em suas estruturas; o escopo 2 diz respeito às emissões relacionadas à compra de energia elétrica; e o escopo 3 é relativo às emissões indiretas, mas que são necessárias à operação, como as viagens a negócios e o transporte de numerários.
“Para as instituições financeiras, o escopo 3 ainda precisa ter um importante olhar sobre as emissões das atividades financiadas. Como cooperativa de crédito, sabemos da necessidade de evoluirmos na mensuração das emissões de nossa atividade financiada e já iniciamos esse trabalho. Entendemos que essa evolução nos trará mais insumos para auxiliar nossos associados e a sociedade na transição para uma economia de baixo carbono”, finaliza Balzan.
Conheça os projetos apoiados pelo Sicredi:
Projeto Buenos Aires
Situado no munícipio de Buenos Aires, em Pernambuco, o projeto Buenos Aires utiliza biomassa renovável em uma fábrica de cerâmicas, em substituição à lenha nativa da Caatinga anteriormente usada como combustível. Ao investir em equipamentos que possibilitam a alimentação dos fornos com biomassa renovável, como glicerina, algaroba e lenha de plano de manejo, a fábrica reduziu emissões de gases de efeito estufa e passou a gerar créditos de carbono. Com isso, a comunidade local também é favorecida pelo projeto, que gera investimentos em educação, cultura e lazer para a comunidade local, além de ajudar a proteger o bioma Caatinga.
Projeto Reunidas
Oriundo de Cristalândia, no Tocantins, o projeto Reunidas realiza a substituição da lenha nativa do Cerrado, anteriormente utilizada como combustível, por biomassas renováveis (como a casca de arroz) em uma fábrica de cerâmicas. Assim, além de ajudar a proteger o bioma Cerrado, o projeto possibilita o investimento em melhorias nas condições de trabalho e geração de benefícios para a comunidade local, a partir da renda extra proveniente da venda dos créditos de carbono.
Projeto Unitor REDD+
O projeto Unitor REDD+ atua na preservação de uma área de mais de 99.000 hectares de floresta Amazônica. Localizado no estado do Amazonas, o projeto contribui para desenvolvimento de aspectos sociais, econômicos e ambientais, investindo em capacitação das comunidades locais, como formação técnica comunitária de gestão florestal sustentável e desenvolvimento de alternativas de renda para as comunidades extrativistas. O projeto trabalha ainda o cuidado com a biodiversidade, uma vez que a conservação dessa área colabora com a proteção de cerca de 302 espécies de anfíbios, répteis, aves e mamíferos terrestres identificadas na região, incluindo algumas ameaçadas de extinção.
O que significa REDD+?
Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) somado à conservação e aumento dos estoques de carbono florestal e o manejo sustentável das florestas (+).
Projeto Compostagem Santa Catarina
O projeto Compostagem Santa Catarina é um programa de sustentabilidade junto a 13 granjas de confinamento de suínos, em várias localidades de Santa Catarina. O projeto visa melhorar os sistemas de manejo de dejetos animais, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e melhorar as condições de vida da população do entorno. A iniciativa proporciona a diversificação de renda para os produtores locais, a proteção de recursos hídricos e do solo e novos mercados para compostos orgânicos.
Projeto BT Geradora
O BT Geradora é um projeto de geração de energia renovável por meio da construção de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) localizadas na região de Erval Seco, no Rio Grande do Sul. O principal objetivo do Projeto é ajudar a atender à demanda crescente de energia do Brasil e melhorar a oferta de eletricidade, contribuindo com a disponibilização de fontes de energia renováveis. O projeto entrega benefícios ambientais, sociais e econômicos através do aumento da participação das energias renováveis no consumo total de eletricidade no Brasil.
Projeto Pequena Central Hidrelétrica Itaguaçu
O projeto PCH Itaguaçu consiste em uma Pequena Central Hidrelétrica para geração de energia elétrica renovável, contribuindo com o desenvolvimento e qualidade de vida entre os municípios de Pitanga e Boa Ventura de São Roque, no Paraná. O objetivo do projeto é fornecer energia renovável para o Sistema Interligado Nacional, evitando a utilização de combustíveis fósseis. Pequenas hidrelétricas como essa, fornecem energia de maneira distribuída localmente e apresentam impacto ambiental reduzido quando comparadas a hidrelétricas de grande porte. O projeto proporciona a redução de 14.818 toneladas de carbono ao ano.
Saiba mais sobre a Estratégia de Gestão de Emissões de Carbono e Mudanças Climáticas em www.sicredi.com.br/site/sobre-nos/sustentabilidade/mudancas-climaticas/.