Recordar é viver: quando os números dão lugar às histórias
Cooperativa lança novo livro com o objetivo eternizar de memórias.
Nossa cooperativa está no trajeto rumo ao centenário. Já parou para pensar quantas histórias cabem em 98 anos? Certamente muitas, carregadas de desafios e emoções. No seu 90º aniversário, foi lançado o livro De Caixa Rural União Popular de Rolante a Sicredi Nordeste RS, que contou a história da cooperativa desde sua fundação. Agora, quase uma década depois, surge a ideia de lançar uma sequência, com o intuito de eternizar as memórias construídas nesses últimos anos, desde 2007.
Com a participação de colaboradores, ex-colaboradores e diversos parceiros, o livro "Caminho das Águas: encontros, escolhas e histórias" conta sobre a evolução da cultura e serve como subsídio para os novos colaboradores, gerando conexão genuína com a essência da cooperativa.
“Ler libera nosso potencial e conhecer como a nossa empresa se desenvolveu apoia os colaboradores nessa liberação e conexão. Da mesma forma, podemos compartilhar com nossos quase 60 mil associados como a Sicredi Caminho das Águas vem evoluindo, liberando o potencial das pessoas e negócios.”, afirma Daniel Port, mentor da facilitação (diretor de operações).
Uma história a várias mãos
O processo de construção do livro, que foi lançado em 22 de fevereiro de 2022, foi de praticamente nove meses. "A melhor analogia que posso fazer é com o nascimento de um filho: você passa por diversos processos, desde o planejamento, a confirmação da gravidez, os cuidados necessários, o acompanhamento, a ansiedade que vai dar tudo certo, a expectativa, as dúvidas”. Assim, cheio de emoção, começa o relato do Daniel Port, que liderou o projeto de escrita do novo livro.
“Este livro conta a história de um singrar, não em um veleiro, mas em uma "Arca". Uma história que desafiou os paradigmas do possível, reescreveu os limites do impossível, foi acompanhada pela incredulidade, mas contou também com as suas sardinhas, aqui alcunhadas de "Acreditadores". Essa jornada mostrou-se uma grandiosa e incrível história, de chamado, dúvida, perigo, erros, acertos, de quase morte, redenção e conquista, de reinvenção e de revitalização para a sua continuidade.”, afirma Álvaro Link, acreditador e ex-farol da cultura (diretor executivo).
Razão e sensibilidade
Extrair o extraordinário do ordinário é um quase uma prova sensorial. É preciso estar atento para perceber a sutil diferença entre aquilo que é cotidiano, daquilo que merece ser gravado para a eternidade. Para isso, é preciso equilibrar razão e sensibilidade. E foi assim, que a Regina Rapacci preencheu, com o olhar cuidadoso e atento, as páginas do livro com memórias e relatos de quem as viveu.
Regina é aconselhadora biográfica, editora e especialista em storytelling e escrita de memórias para negócios e a ela foi confiada a responsabilidade de traduzir todos esses e momentos em palavras. Para ela, “Os negócios são feitos por pessoas e, se a gente for ver, o trabalho é a nossa expressão no mundo. Então, quando a gente está contando a história de um negócio, a gente está falando de várias biografias. O interessante, nesse contexto, é a gente pensar o que a gente realiza com o trabalho e o quanto ele nos coloca a prova para o nosso crescimento e nosso desenvolvimento. É muito legal essa coisa de compreender que a Caminho das Águas teve um ponto de partida, um impulso de um homem – Padre Jorge Anneken – e da comunidade, inspirados no trabalho do Padre Amstad. Então, por isso quando a gente fala de histórias de negócios: de quem a gente está cercado para se inspirar? Quem são as pessoas que me ajudam a ter vontade de viver a minha história para poder contar?”