Sicredi UniEstados promove abertura do ano letivo 2021 do Programa A União Faz a Vida
Educadores foram presenteados com a palestra do professor Max Haetinger sobre volta às aulas em 2021: cenários, desafios e metodologias híbridas
A noite de segunda-feira, 5 de abril, foi especial para mais de 320 educadores de municípios que desenvolvem o Programa A União Faz a Vida da Sicredi UniEstados nos três estados de sua área de atuação: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais. Nesse dia, por meio de uma live, foi realizada a abertura oficial do ano letivo. O evento contou com importante palestra do professor Max Haetinger com o tema “Volta às Aulas em 2021: Cenários, Desafios e Metodologias Híbridas. Participaram Secretários Municipais de Educação, Gestores Escolares, Coordenadores Locais, Educadores, Assessores Pedagógicos e a equipe do Programa da cooperativa de crédito.
A abertura foi feita pela Coordenadora de Relacionamento da Sicredi UniEstados, Tatiane Toso Bertolla, que destacou ser esse um dos principais programas educacionais de responsabilidade social do Sistema Sicredi, tendo como objetivo construir e vivenciar atitudes e valores de cooperação e cidadania junto de crianças e adolescentes, promovendo impactos positivos em suas comunidades.
O Diretor Executivo da Sicredi UniEstados, Elisandro Marmentini, destacou que no ano de 2020, o Programa A União Faz a Vida completou 25 anos junto ao Sistema Sicredi, contribuindo para a transformação de crianças e adolescentes. Apresentou dados do Programa no panorama nacional, que está presente em mais de 400 municípios, contando com a participação de mais de 100 mil educadores e mais de 3 milhões de crianças e adolescentes impactados. Segundo o Diretor, na área de atuação da Sicredi UniEstados, o programa vem crescendo, estando presente em 13 municípios, 56 escolas e impactando 7.884 crianças e adolescentes. Elisandro ainda informou que a Sicredi UniEstados é a primeira cooperativa do Sistema a implantar o programa em solo mineiro, levando a bandeira da educação ao sul de Minas Gerais. Ao encerrar, agradeceu os envolvidos e as iniciativas em prol das crianças e adolescentes e das comunidades.
O Presidente da Sicredi UniEstados, Adelar José Parmeggiani, iniciou lembrando que esse evento seria mais grandioso se pudesse ser presencial, porém, destacou que a essência do cooperativismo é cuidar das pessoas, trabalhar com as pessoas e estar junto nas comunidades fazendo a diferença. Adelar enalteceu que são os professores os responsáveis pelo sucesso do PUFV. Parabenizou a todos que no ano passado conseguiram se reinventar frente às inúmeras dificuldades ocasionadas pela pandemia e desenvolveram trabalhos junto às crianças e adolescentes. De acordo com Parmeggiani, o Sicredi investiu muito em educação e por isso afirmou que “temos certeza que isso fará a diferença no futuro do cooperativismo e das comunidades. Contamos com vocês para construir uma sociedade mais próspera e mais justa”, finalizou.
O QUE APRENDEMOS EM 2020 PARA FAZER MELHOR AGORA?
O professor Max G. Haetinger, Doutor em Ciências da Educação pela Universidade do Porto, em Portugal, psicopedagogo, palestrante e autor de vários livros, iniciou sua palestra fazendo uma reflexão sobre o que aprendemos em 2020 para fazer melhor em 2021, em que enfrentamos cenários diversos e que não estávamos acostumados. Ele citou uma frase de Aristóteles que diz “A coragem é a primeira qualidade humana, pois garante todas as outras”. Segundo ele, coragem de aprender, de fazer diferente, mudar, transformar. “Desde março de 2020 fomos convidados a construir uma escola nova, fomos pegos de surpresa e temos que colocar em prática o que aprendemos”, falou.
Conforme citou, foram quatro etapas vivenciadas que se transformaram em desafios pessoais da reinvenção: medo e susto, negação, aceitar e construir e qualificar. “Depois da desconstrução vem uma acomodação para se reconstruir”, comentou. Para ele, se chegou ao final do ano com muitas certezas e vitórias, uma nova realidade. “Fomos capazes de qualificar os sistemas usados e os nossos processos”, assegurou.
Para 2021, o Dr. Max falou que será necessário pensar no planejamento, estabelecer rotinas evitando o conflito e olhar 360 graus com esperança. “Não dá para fazer ensino remoto e híbrido sem falar com os alunos e as famílias”, considerou. “É necessário olhar para dentro da casa dessa criança, pois cada aprendizagem é diferente uma da outra”. Segundo o professor, é preciso planejar o ensino olhando as transformações aprendidas em 2020.
AÇÕES PARA A VOLTA ÀS AULAS
Conforme o professor Dr. Max Haetinger, as principais ações para a volta às aulas são organizar (planejar), acolher, realizar diagnóstico, atendimento particular, mobilizar e manter vínculos. Para ele, uma das maiores dificuldades das crianças está no socioafetivo, pois as relações emocionais são a base da aprendizagem cognitiva. Ele defende que é preciso criar diálogo para mobilizar e é decisivo manter vínculo com as famílias. “Aprendizagem de crianças necessita de mediação nesse ano, por isso o vínculo com a família”.
Ele também assegura que nesse ano de 2021 será preciso exercitar essas palavras: leveza, tolerância, comprometimento, competências, atenção e resiliência, além de se valorizar a rede de relacionamentos, equipe e a cooperação. “Será um ano de muita empatia e resiliência”, afirmou Max.
APRENDER VAI ALÉM DO CONHECIMENTO
Para 2021, o palestrante recomendou respeitar os protocolos de saúde, número de alunos por área/ambiente, contato muito próximo com as famílias, respeitar os medos da comunidade e usar metodologias híbridas que, na sua avaliação, não são algo novo. Ele sugeriu a exploração das metodologias ativas – pedagogia de projetos, resolução de problemas, sala de aula invertida e gamificação. Tudo isso visando maior integração dos alunos.
O palestrante justificou a importância da volta às aulas porque “a essência das nossas proximidades, cidadania, se dá na troca, no embate, no diálogo. Nos aproximar do novo, descobrir e ter o aluno próximo. Aprender vai além do conhecimento”, concluiu.