Jogos Intercoopes do Sicredi promovem integração entre escolas do RS e SC

Um dia de jogos e gincana ao ar livre marcou o encerramento das atividades anuais das Cooperativas Escolares da Sicredi UniEstados. Cento e sessenta estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio foram recebidos no Parque do Galo, em Erechim, nesta quarta-feira (19) para um momento de integração e diversão.  

A programação iniciou com exercícios físicos, como corrida de bastão e jogo da bexiga, seguindo para um quiz sobre o cooperativismo, que retomou conceitos e aprendizados de todo o ano. À tarde, foram promovidos futebol de sabão e outras disputas nos brinquedos infláveis, garantindo o espírito de equipe aliado à descontração. Os vencedores receberam lanches que foram distribuídos entre todos os competidores, mostrando que as vitórias compartilhadas são mais prazerosas. 

As cooperativas escolares são iniciativas educativas que visam ampliar o aprendizado de crianças e adolescentes, que se unem voluntariamente para realizar atividades pedagógicas, sociais, econômicas e culturais no contraturno escolar. O objetivo é que os participantes vivenciem os valores e princípios do cooperativismo para que se desenvolvam futuros líderes, gestores, empreendedores e cidadãos. Com o auxílio de um professor orientador, os alunos criam suas próprias cooperativas com fins educativos. 

“Os valores do cooperativismo servem para a vida. A gente percebe que os estudantes das cooperativas escolares utilizam isso no dia a dia, essa troca, essa conexão, o diálogo, buscar fazer junto, integrar. Eles têm avanços significativos não só dentro da sala de aula, mas para falar em público, no olhar para cursos de extensão, para o mercado de trabalho, para o futuro, e olhar para o Sicredi enquanto instituição financeira e possível local para trabalhar também”, detalha Taíse Alexandra Fontana, responsável pelo programa na Sicredi UniEstados. 

Além da parte teórica, os estudantes também se envolvem na elaboração de alguns produtos, como trufas e sabão caseiro, além de organizarem brechós solidários, doação de roupas e alimentos à comunidade onde estão inseridos. O dinheiro arrecadado com esses trabalhos é investido em atividades culturais, passeios ou melhorias na própria cooperativa participante. 

“A gente sempre tenta envolver todos os jovens no mesmo projeto para eles se manterem engajados e se sentirem realmente pertencentes, que independente das condições deles em casa, na vida pessoal, alheias à cooperativa, todos eles têm a mesma importância”, explica a professora Gabriele Moriguti, da Escola Municipal de Educação Básica Valentin Bernardi. 

Cinco escolas de quatro municípios aderiram ao projeto: Escola Municipal de Ensino Fundamental Benjamin Constant (Benjamin Constant do Sul), Escola Municipal de Ensino Fundamental Tancredo Neves (Itatiba do Sul), Escola Municipal de Ensino Fundamental Jubaré (Barra do Rio Azul), Escola Municipal de Educação Básica Valentin Bernardi (Itá) e Escola Estadual de Ensino Médio Professora Fernandina Rigoti (Itatiba do Sul). O desenvolvimento dos alunos é sentido e ressaltado por todos os educadores envolvidos: “O projeto é de extrema importância, porque muitos alunos que estão ali, se não fosse pela escola e pelo projeto, não teriam a oportunidade de aprendizado desde a questão de funcionamento de uma cooperativa, mas também coisas que eles levam para o cotidiano deles, empreendedorismo, educação financeira, falar em público, ter noção do que são documentos importantes”, revela Gabriele. 

A assessora pedagógica Allana Carla Cavanhi destaca ainda a maturidade, a responsabilidade e o engajamento com assuntos sociais e escolares adquiridos ao longo do processo. 

Liam Carlos Bortolotto, da Escola Tancredo Neves, é estudante do 9º ano e já participa das Cooperativas Escolares há quatro anos. Passou pelos cargos de associado, tesoureiro e presidente, e celebra o autodesenvolvimento e conhecimentos adquiridos: “O projeto me ajudou a cooperar, aprender a trabalhar em equipe, e o principal de todos, falar em público, que é uma coisa que vou levar pra vida. Agora vou para o Ensino Médio, e se na outra escola tiver a oportunidade de participar de uma cooperativa escolar, com certeza vou me associar”.