Câmara aprova idealizador do Sicredi como patrono do cooperativismo
Em 1902, um padre suíço, chamado Theodor Amstad, criou um tipo novo de empresa no interior do Rio Grande do Sul: a primeira cooperativa de crédito do Brasil. O sistema cresceu e se transformou no Sicredi. Mas, na época, Amstad mal poderia imaginar que o modelo de negócios, baseado na cooperação entre as pessoas, seria considerado uma das ferramentas mais eficazes de transformação socioeconômica em todo o país. É por isso que o padre Theodor Amstad deve receber, com a validação do Congresso Nacional, o título de Patrono do Cooperativismo Brasileiro.
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou, na última semana de março, o PL 4.280/2012 que confere o título ao religioso visionário. O projeto de lei segue, agora, para aprovação do Senado Federal. O autor da proposição é o deputado Giovani Cherini (RS), integrante da Diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).
Atuação já havia sido reconhecida no Rio Grande do Sul
A importância do trabalho desenvolvido em prol da disseminação da cultura cooperativista já foi reconhecida no Estado. Em 2003, por meio de uma lei estadual, o governo gaúcho concedeu ao padre o título de Patrono do Cooperativismo.
O padre Amstad e sua relação com o cooperativismo de crédito
Theodor Amstad nasceu em 9 de novembro de 1851, em Beckenried, na Suíça. No ano de 1885 chegou ao Brasil e se dedicou a prestar assistência econômica, social e cultural aos colonos do Rio Grande do Sul, dando início ao movimento de fundação das associações de lavradores e cooperativas no estado.
O padre foi o responsável por constituir, em 1902, a primeira cooperativa de crédito brasileira no município de Nova Petrópolis/RS, batizada como Caixa de Economia e Empréstimos Amstad. A cooperativa continua em atividade, porém agora com o nome de Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados Pioneira da Serra Gaúcha, a Sicredi Pioneira/RS, uma das integrantes do Sistema Sicredi.