Um dos principais critérios que o investidor avalia na hora de escolher um investimento é a rentabilidade. É preciso saber se a remuneração oferecida pela instituição financeira é capaz de fazer o seu dinheiro crescer. Entretanto, a rentabilidade que aparece para o investidor quando ele está pesquisando os investimentos geralmente não oferece a informação completa sobre o rendimento.

Isso porque, existem métricas diferentes para calcular o rendimento de um investimento, como, por exemplo, a rentabilidade bruta, líquida de taxas, líquida de impostos ou em relação a algum benchmark (índice) específico. Porém, os dois métodos mais usados para avaliar a rentabilidade de um investimento são a rentabilidade nominal e a rentabilidade real.

Neste artigo, vamos explicar o que é cada uma delas para que você aplique esse cálculo na próxima vez que for escolher seus investimentos.

Rentabilidade nominal

A chamada rentabilidade nominal representa o rendimento total do investimento, sem descontar despesas com taxas, Imposto de Renda ou inflação. Como o próprio nome diz, a rentabilidade nominal é aquela informada ao investidor no momento da compra. Ela pode ser calculada em relação à duração total do investimento, ou então para um período determinado – anual, semestral, mensal, diário, etc.

A fórmula para calcular a rentabilidade nominal é a seguinte: divide-se o montante final do investimento pelo valor do capital inicial investido e depois subtrai-se -1 do resultado. Veja este exemplo:

- Alguém que comprou um título à R$ 100 e o manteve durante 1 ano até o resgate, retirando no final R$ 110. Neste caso, a rentabilidade nominal foi de 10% ao ano.

 110/100 = 1,10                      1,10 – 1 = 0,10 ou 10% ao ano

 Um outro nome para a rentabilidade nominal é “rentabilidade bruta”, ou seja, é a rentabilidade total antes dos descontos com as taxas, impostos e inflação. As instituições financeiras que oferecem investimentos costumam colocar em seus anúncios ao investidor a rentabilidade de forma nominal para os seus investimentos e carteiras recomendadas.

Rentabilidade real

A rentabilidade real se caracteriza por descontar a inflação dos rendimentos. Ela serve para demonstrar ao investidor o quanto seus investimentos estão performando em relação à inflação acumulada em um determinado período. Essa comparação serve, principalmente, para avaliar se o poder de compra do investidor aumentou ou diminuiu por causa da inflação.

Para calcular a rentabilidade real, é preciso fazer o seguinte: primeiro, é necessário dividir o montante final pelo capital inicial investido, assim como na fórmula da rentabilidade nominal. Contudo, antes de subtrair -1 do resultado, é preciso dividir esse resultado pela inflação acumulada no período desejado, acrescida de +1. Após essa etapa, é preciso subtrair -1 do resultado para obter-se a rentabilidade real no período. Veja a aplicação desse cálculo no mesmo exemplo anterior:

- Alguém que comprou um título à R$ 100 e o manteve durante 1 ano até o resgate, retirando no final R$ 110. Contudo, a inflação neste mesmo ano foi de 6% (0,06 em decimal). Neste caso, a rentabilidade real foi de 3,77% acima da inflação, ou seja, o poder de compra do investidor aumentou 3,77%.

 110/100= 1,10                      1,10/ (1+0,06)= 1,0377

1,0377 – 1 = 0,0377 ou 3,77% ao ano

 A rentabilidade real também pode ser nula ou negativa, conforme as variáveis de rentabilidade de inflação. Via de regra, se a rentabilidade estiver abaixo da inflação – que no Brasil é dada pelo IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – existe grande possibilidade de a rentabilidade real ser negativa.

Mesmo não sendo tão comum nas informações sobre o investimento no momento da compra, calcular a rentabilidade real é muito importante para que o investidor tenha uma noção real do seu desempenho. Os investidores mais experientes, analistas, gestores e planejadores financeiros têm o hábito de usar a rentabilidade real como critério para a tomada de decisões sobre investimentos.

Como utilizar a rentabilidade nominal e real para proteger o seu dinheiro da inflação?

Como vimos acima, a principal diferença entre as duas fórmulas é que a rentabilidade nominal demonstra qual é o retorno bruto ao investidor, enquanto a rentabilidade real demonstra o retorno líquido, descontada a inflação do período analisado.

De maneira geral, todo o investimento que obtém uma rentabilidade real maior ou igual a zero está, de fato, cumprindo a função de proteger aquele dinheiro da inflação.

Uma estratégia para conseguir boa rentabilidade é apostar na diversificação dos investimentos, ou seja, escolher investimentos de categorias diferentes em Renda Fixa e Renda Variável, podendo ser, por exemplo, ações, fundos de investimento, títulos de renda fixa, entre outros tantos tipos. O objetivo principal da diversificação é amortizar o risco de exposição dos investimentos às oscilações do mercado.

De agora em diante, você pode usar o cálculo da rentabilidade nominal e real para acompanhar o desempenho da sua carteira em relação à inflação.

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