No Sicredi, acreditamos que o desenvolvimento do campo passa pelo reconhecimento e valorização de quem faz a diferença todos os dias. Neste artigo, destacamos o papel fundamental das mulheres na construção de um agro mais justo, sustentável e inovador.

Nos últimos anos, o protagonismo feminino no campo tem se consolidado e conquistado cada vez mais reconhecimento. Mais do que participar das atividades produtivas, as mulheres assumem funções de liderança, gestão e inovação dentro das propriedades rurais. Dados do Censo Agropecuário 2017 (IBGE) mostram que o número de mulheres responsáveis por estabelecimentos rurais no Brasil cresceu 38% em relação a 2006, representando cerca de 19% das propriedades. Esses números reforçam a relevância da presença feminina na tomada de decisões e na condução das atividades agrícolas.

O papel da mulher no campo vai além da produção. Elas se destacam na gestão das propriedades, no cuidado com a sustentabilidade e na busca por soluções inovadoras. Em muitas propriedades, são responsáveis pela adoção de práticas mais eficientes e sustentáveis, que conciliam produtividade com preservação ambiental. Além disso, sua atuação contribui diretamente para a segurança alimentar e para o fortalecimento das comunidades rurais, promovendo coesão social e desenvolvimento local.

Entretanto, ainda persistem desafios importantes, como o acesso limitado à terra, ao crédito rural e a oportunidades de capacitação. Muitas mulheres acumulam funções de gestoras da propriedade com responsabilidades domésticas, o que evidencia a sobrecarga de trabalho e a desigualdade de condições. Nesse contexto, políticas públicas e iniciativas privadas são fundamentais para ampliar a igualdade de oportunidades. Movimentos como a Marcha das Margaridas e programas específicos, como o PRONAF Mulher, têm desempenhado papel essencial no fortalecimento da representatividade feminina e na conquista de maior autonomia econômica.

A contribuição das mulheres para o agro também se traduz em impacto econômico expressivo. Atualmente, elas estão à frente de milhões de hectares cultivados e ocupam posição central em cadeias produtivas ligadas à agroecologia, à produção orgânica e a mercados de nicho, cada vez mais valorizados pelos consumidores. Esse protagonismo não apenas diversifica as fontes de renda, mas também agrega valor aos produtos e fortalece a sustentabilidade das propriedades rurais.

Valorizar a mulher no campo significa reconhecer sua importância estratégica para o presente e o futuro da agropecuária. Garantir sua participação plena é assegurar maior eficiência, sustentabilidade e justiça social, consolidando o campo como espaço de oportunidades para todos. O reconhecimento do papel feminino no agro é, portanto, condição indispensável para um desenvolvimento rural mais justo, inclusivo e sustentável.


Referências: IBGE – Censo Agropecuário 2017; CNA Brasil – Mulheres no Agro; Movimento de Mulheres Camponesas; Marcha das Margaridas; JusBrasil; Rede Agro.

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