Quem deseja se lançar em voos mais altos no mundo das aplicações, com certeza já ouviu falar dos fundos de investimento. Essa modalidade possui diversas vantagens e possibilidades de lucro atraentes. Cada fundo terá benefícios e obrigações específicas, pois, apesar do nome, não são todos iguais.

Por isso, é preciso ter atenção com alguns detalhes e saber bem como realmente eles funcionam, para evitar ter seus planos frustrados caso ocorra alguma situação inesperada.

Nesse artigo, vamos te ajudar explicando alguns pontos que você deve saber na hora de escolher um fundo de investimento para chamar de seu.

O que são os fundos de investimento?

Os fundos são uma modalidade de investimento para ampliar a carteira ao fazer parte de um grupo de investidores que aplicam dinheiro em vários tipos diferentes de títulos. O investidor compra uma cota do fundo e passa a ter os mesmos direitos e obrigações de todo os outros participantes. É uma espécie de “condomínio” de investidores – onde cada um possui uma unidade (cota) e o administrador é o “síndico” –, com o propósito de maximizar os lucros de acordo com o objetivo do fundo.

A principal vantagem é que a carteira é gerida por profissionais designados pela instituição financeira responsável pelo fundo. Se você ainda não tem todo o conhecimento que gostaria sobre o mundo dos investimentos, contar com essa ajuda de um especialista é uma boa maneira para começar a investir de forma diversificada.

Os fundos podem ser classificados de acordo com o tipo de ativo que possuem em seus portifólios:

Fundos de Renda Fixa: são os fundos considerados mais conservadores e podem ter vários tipos de títulos de renda fixa, como Tesouro, CDB, LCI, LCA, Debêntures, etc. Devem possuir no mínimo 80% de sua carteira de investimentos atrelada a títulos de Renda Fixa.

Fundos Multimercado: possuem um perfil intermediário, podendo misturar  tanto títulos de renda fixa, quanto os de renda variável, como por exemplo títulos públicos, ações, dívida corporativa, câmbio, títulos de renda fixa, e o que mais a regulamentação do Banco Central permitir.

Fundos de Ações: são os fundos mais expostos ao risco, pois investem apenas em ações de empresas na bolsa de valores. No mínimo 67% de seus investimentos devem estar atrelados ao mercado acionário.

Fundos Cambiais: são fundos que buscam investir, no mínimo, 80% da sua carteira em títulos relacionados à moeda estrangeira que está atrelado (ex: Dólar, Euro, Iene...). Também há fundos focados em mercados específicos, como os Fundos Imobiliários, que atuam somente nesse setor, Fundos de Índice (ETFs), que investem na performance de índices de referência (como o Ibovespa), e Fundos de Previdência Privada, voltados a esse propósito.

Em cada um desses tipos de fundo também há subcategorias que agrupam os títulos com características semelhantes e específicas.

Como escolher um fundo de investimento?

Devido ao grande número de opções de investimento em fundos, o primeiro passo para escolher um é entender quais são os seus objetivos para o dinheiro que deseja aplicar. Existem algumas questões que podem ajudar a construir  esse pensamento:

- Qual é o seu objetivo? Viajar? Trocar de carro? Comprar uma casa? Faculdade dos filhos? Aposentadoria?

- Quanto tempo você está disposto a investir? Vou precisar desse dinheiro logo? Ou posso esperar mais tempo para usá-lo?

- Qual risco você está disposto a correr? Posso sacrificar um pouco da segurança por mais rentabilidade? Ou preciso que esse dinheiro esteja seguro, porém com uma rentabilidade mais estável?

Sabendo qual é o objetivo, o tempo e o risco, ficará mais fácil escolher os fundos de acordo com o seu interesse. Para te ajudar a descobrir, sugerimos que você faça o nosso teste de Perfil do Investidor.

Quais pontos levar em consideração na hora de escolher um fundo?

Liquidez

A liquidez é a capacidade de resgate (saque) que o fundo garante ao investidor. É a quantidade de dias úteis que o banco leva para creditar o dinheiro na conta, caso você deseje usar o dinheiro para outros fins, antes do vencimento. Quanto maior a liquidez, mais rápido o dinheiro pode ser retirado. Já os investimentos com menor liquidez buscam rentabilidades mais altas, porém levam mais tempo para pagar o investidor de volta.

Por isso, observar qual é a política de resgate de um fundo é fundamental para saber se ele está alinhado com os seus objetivos. Essa informação normalmente é representada pela sigla “D+0”, “D+1”, “D+2”, “D+5”, e por aí em diante. O numeral indica a quantidade de dias que o dinheiro leva para cair na sua conta a partir do momento que for solicitado o resgate, ou a “Liquidação Financeira”. O D+0 significa que o dinheiro estará disponível no mesmo dia do pedido de resgate, já D+1, D+2, quer dizer que ele levará um, ou então dois dias úteis para ser creditado.

Mas preste atenção: existem fundos com políticas de resgate em D+30, D+31, e até D+60 ou D+90. Ou seja, se você contava com o dinheiro mais cedo, pode ter problemas com esses prazos. Portanto, caso tenha dinheiro em um fundo com política de resgate mais longo, programe o seu saque com maior antecedência. Preste atenção também em qual a data da cotização de seu resgate: se a cota de resgate for D+1, significa que o valor que será resgatado será calculado com base no fechamento do mercado do próximo dia útil. Somente então, você saberá efetivamente o valor final que será resgatado.    

Taxas

Confira quais são as taxas obrigatórias e o regime de cobrança de Imposto de Renda (IR). Alguns fundos fazem a cobrança antecipada do IR por meio do sistema de come-cotas, que desconta o imposto a cada seis meses, sendo que o percentual de IR é 20% para fundos de curto-prazo e de 15% para fundos de curto prazo, de acordo com a tabela regressiva do Imposto de Renda (a diferença da alíquota é calculada no momento do resgate):

Tempo de Investimento               Alíquota de IR 

Entre 0 e 180 dias                           22,5% 

Entre 181 e 360 dias                      20% 

Entre 361 e 720 dias                      17,5% 

Acima de 721 dias                         15% 

Fundos de ações não possuem come-cotas e tem alíquota de IR fixa em 15%.

Além de IR, o investidor também está sujeito a pagar IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), caso efetue o resgate antes de 30 dias. Lembramos que o IOF não é aplicado nos Fundos de Ações.

Já as taxas específicas dos fundos de investimento são:

Taxa de administração: é o valor que a instituição financeira cobra por fazer a administração dos recursos do fundo. Por se tratar de um serviço, essa taxa serve para pagar os custos administrativos, a manutenção, e a gestão do fundo, cujos profissionais são responsáveis por escolher os melhores ativos para compor o patrimônio dos cotistas, dentro dos limites da regulamentação do Fundo.

Na prática, essa cobrança é feita mensalmente, embora o seu cálculo seja anual. A informação sobre a taxa de administração está presente na “Lâmina” e no “Regulamento” do fundo, documentos básicos exigidos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que regula o mercado de capitais no Brasil. Na Lâmina estão todas as informações essenciais sobre o fundo, enquanto que no Regulamento estão todas as informações completas do Fundo. Esses documentos você encontra no site das Instituições Financeiras.

Taxa de performance: além da taxa de administração, alguns fundos cobram taxa de performance, que é um percentual recebido pelo gestor, caso o fundo obtenha um resultado melhor do que o esperado. Essa taxa só é cobrada quando o fundo de investimento ultrapassa a meta de rentabilidade prometida aos cotistas. Normalmente, é cobrado 20% sobre o percentual excedente da meta, mas isso pode variar de acordo com a política do fundo.

Outras taxas, como Taxa de Carregamento, ou taxas de entrada e saída (principalmente nos fundos de Previdência Privada), podem existir dependendo da política do fundo, embora não sejam mais tão comuns.

Quem é o gestor do fundo?

Outro ponto relevante a ser considerado é investigar sobre a reputação da instituição financeira que oferta o fundo e o histórico de desempenho da gestão do mesmo. Saber com quem você irá deixar o seu precioso dinheiro é importante para aumentar a segurança do investimento.

Os sites das instituições financeiras costumam conter os dados sobre a gestão do fundo, e os relatórios sobre o seu desempenho passado. A partir disso, pesquise sobre o histórico profissional do gestor, se ele tem experiência no mercado, em qual tipo de mercado, se já trabalhou em outras instituições financeiras e, principalmente, investigar se ele já foi relacionado com algum caso de fraude no mercado financeiro.

Onde o fundo investe?

Saber quais são os títulos presentes na carteira do fundo pode evitar dores de cabeça mais tarde. No Regulamento estão indicados quais são os limites que o fundo pode investir em cada tipo de ativo. Outra dica é procurar entender qual é a estratégia do gestor do fundo, quais são os ativos da carteira e qual é a visão que a gestão do fundo tem sobre os desdobramentos econômicos. Tais detalhes são divulgados nos documentos que a gestora publica em seus canais de comunicação, ou no site da CVM.

Caso você tenha outras dúvidas, pode pedir para falar diretamente com a gestora do fundo e conseguir todas as respostas. Quanto mais transparente e acessível for o fundo, melhor para o investidor.

Com todas essas dicas, você já deve estar apto a pesquisar qual é o fundo ideal para conquistar os seus objetivos financeiros.

Confira a lista de fundos do Sicredi. Nela, você irá encontrar todas as informações necessárias para investir em nossos fundos de investimento.

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