Bate-papo sobre educação financeira lota Auditório Central da Unisc
Conversa mediada pelo comunicador Luciano Potter contou com especialistas da área e participantes do programa Cooperação na Ponta do Lápis, da Sicredi Vale do Rio Pardo
Santa Cruz do Sul - Em um clima descontraído e de troca de experiências, o Auditório Central da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) lotou na noite dessa terça-feira, 16, para conferir o bate-papo “Vida Financeira não é sorte, é conhecimento”, promovida pela Sicredi Vale do Rio Pardo com apoio da Rádio Atlântida e Unisc. A conversa, mediada pelo comunicador Luciano Potter, trouxe reflexões sobre a relação das pessoas com o dinheiro desde a infância até vida adulta, inclusive do ponto de vista do empreendedorismo.
O evento, que faz parte da programação da 10ª Semana Nacional de Educação Financeira (ENEF), contou com a presença da assessora de Programas Sociais do Sicredi VRP, Tatiane Becker, a médica Radiologista e sócia-proprietária da Radson, Carmela Krebs, a professora dos Anos Iniciais da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Dom Pedro II de Venâncio Aires, Cláudia Lenhart e a aluna da Emef, Diennifer Soares.
Educação financeira é autoconhecimento
Durante a conversa, Tatiane respondeu às perguntas do mediador sobre como as pessoas podem organizar a vida financeira e explicou os primeiros passos para isso, além de ressaltar algumas armadilhas neste caminho. “Educação financeira é sobre o nosso comportamento e de como lidamos no nosso dia a dia com as nossas emoções, que muitas vezes nos levam a um consumo exacerbado e a gente nem percebe para onde vai o dinheiro”, explicou.
A especialista também reiterou a importância de as pessoas dialogarem sobre dinheiro, principalmente, dentro de casa. “Quando a gente fala sobre planejamento e educação financeira, eu recomendo que as pessoas conversem sobre isso. Assim, podemos entender um pouquinho mais sobre o real cenário em que vivem. Às vezes nem sabem qual o valor líquido que ganham”, salientou. Já a sócia-proprietária da Radson, Carmela, alertou o público sobre o perigo da falta de conhecimento em investimentos e os riscos financeiros que isso pode causar.
Expertise desde cedo
A estrela da noite foi a aluna do 5º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Dom Pedro II de Venâncio Aires, Diennifer Soares, de 11 anos, que encantou o público do Auditório Central com seu conhecimento e sinceridade sobre finanças. Ao lado da professora dos Anos Iniciais do educandário, Cláudia Lenhart, a estudante falou sobre o desenvolvimento do projeto Cooperação na Ponta do Lápis, do Sicredi, dentro da escola. A iniciativa busca conscientizar as pessoas para a construção de hábitos financeiros saudáveis.
Diennifer explicou que o projeto na Dom Pedro II alia a educação financeira com a robótica através da representação de dois caminhos que os robôs podem percorrer: o que se preocupa com a educação financeira e o que pode se render aos impulsos. Através desta analogia, a jovem destacou os conhecimentos adquiridos pela turma. “Se você não comprar só o que é necessário, você não vai conseguir juntar dinheiro, nem economizar e nem consegui pesquisar para poder comprar mais tarde”, salientou.
A professora, que orienta o projeto, ressaltou que o desenvolvimento do programa Cooperação na Ponta do Lápis dentro da escola é muito importante para o desenvolvimento da consciência financeira das crianças, uma vez que elas nunca mais esquecem dos aprendizados. “E o mais importante é que eles levam esse conhecimento para a casa para os pais e desenvolvem a noção do quanto custa as coisas para a família”, finalizou.
Cooperação na Ponta do Lápis - A Sicredi Vale do Rio Pardo desenvolve o programa Cooperação na Ponta do Lápis através do método COOPS de transformação financeira, elaborado para auxiliar as pessoas passo a passo para a construção de hábitos financeiros sustentáveis a partir de cinco etapas: conscientizar, observar, organizar, preparar e sustentar.
Durante o evento, o presidente da cooperativa, Heitor Álvaro Petry, destacou que a Sicredi possui mais de 60 escolas parceiras do programa, que trabalham com as crianças sobre a forma certa de lidar com o dinheiro. “É interessante essas oportunidades para podermos refletir sobre esse tema, pois o dinheiro faz parte das nossas vidas para atender nossas necessidades, desejos e sonhos”, destacou.