Sicredi lança relatório “Sondagem de Safras”
Instituição utiliza informações geradas por colaboradores especialistas em agronegócio para projetar indicadores das culturas de milho, soja e trigo
O Sicredi, instituição financeira cooperativa com presença em todo o país, acaba de lançar o Relatório “Sondagem de Safras” que projeta indicadores das safras de milho, soja e trigo. Segunda maio financiador do agro nacional e com agências em mais de duas mil cidades brasileiras, a instituição utiliza como insumos informações geradas por colaboradores especialistas em agronegócio que trabalham no atendimento aos produtores para capturar dados sobre a safra. O estudo que será atualizado mensalmente, pode ser acessado gratuitamente no endereço Análises Econômicas e Financeiras | Sicredi.
O objetivo principal da iniciativa é contribuir com a cadeia do agro ao gerar indicadores que possibilitam uma visão nacional a partir da expertise local da companhia. “Nós temos um interesse muito grande em dar suporte às atividades econômicas e uma ligação bastante próxima com o agronegócio brasileiro e entendemos que, além do crédito e outras soluções financeiras, poderíamos contribuir por meio de disponibilização de informações de qualidade aos produtores.
Além de uma equipe de análise bastante qualificada, temos o diferencial da expertise de especialistas em agro que atuam em nossas cooperativas e conhecem como ninguém a realidade de cada área rural do país”, explica André Nunes de Nunes, economista-chefe do Sicredi.
No documento estão disponíveis indicadores importantes como área plantada, produtividade, produção, plantio, colheita e condições das lavouras das principais culturas do país, contribuindo para o desenvolvimento local.
Metodologia
Um conjunto de colaboradores com alta expertise no agronegócio responde, com base na situação das lavouras de sua região, quinzenalmente a um questionário elaborado pela Gerência de Análise Econômica (GAE) do Banco Cooperativo Sicredi que fica responsável pelo refinamento e tratamento dos dados. Todas as perguntas são relativas ao período de coleta.
A qualidade das lavouras é segmentada em boa, média e ruim. Os progressos do plantio e da colheita são informados em termos percentuais e comparados à média das últimas três safras. A produtividade é estimada com base na produtividade histórica e na expectativa inicial e atual de produtividade de cada região. A área plantada é estimada com base na safra passada e na expectativa de incremento de área para a safra atual. A produção é derivada das estimativas de área e produtividade.
Projeções Safra 23/24
Entre os dados apresentados no primeiro relatório, com informações coletadas de 08/04/2024 a 15/04/2024, serão destaques as informações relacionadas à “safrinha” do milho:
Milho 1ª safra: 23 milhões de toneladas
A expectativa é de uma produção 15,9% menor do que a alcançada na safra passada, em função de uma queda de 14,5% na área plantada (3,80 milhões de hectares nesta safra contra 4,44 milhões na safra passada) e de 1,6% na produtividade (101,0 sc/ha contra 102,7 sc/ha). Esse resultado é influenciado por um aumento de produtividade no RS, que passou por estiagem em 22/23, e uma queda em SP, com lavouras afetadas por altas temperaturas e baixa precipitação.
Milho 2ª safra: menor produção
Devido às margens de lucro mais apertadas e à influência do fenômeno climático El Niño, espera-se uma produção de 85,9 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 16,1% em relação à safra passada. Essa redução será oriunda de uma menor área plantada (15,84 milhões de hectares nesta safra contra 17,19 milhões na safra passada) e de uma menor produtividade (90,4 sc/ha contra 99,2 sc/ha).
Soja: produção abaixo em 22/23
A redução de 4,1% na produção em relação à safra 22/23 será motivada por uma queda de 6,3% na produtividade, que atingirá 54,8 sc/ha, e será apenas parcialmente compensada por um incremento de 2,3% na área plantada, que chegará a 45,1 milhões de hectares. Uma maior produtividade do RS deve ser acompanhada de uma redução na produtividade no Centro-Oeste, no Sudeste e no MATOPIBA. Assim, nossa previsão de produção é de 148,3 milhões de toneladas.