Renda variável: guia para conhecer e investir
Descubra quais são os principais tipos e se é o investimento ideal para a sua necessidade
Se você está iniciando no mundo das ações, provavelmente já se deparou com a renda variável. Esse tipo de aplicação é muito procurado por investidores moderados e, principalmente, os arrojados, que querem aumentar o patrimônio mesmo sabendo da sua volatilidade. Apesar de apresentar mais riscos, a alternativa pode gerar maior rentabilidade do que outras fontes, como a renda fixa.
Quer entender todos os detalhes sobre a opção variável e identificar se este tipo de investimento é ideal para você e para a sua necessidade? Continue a leitura que separamos um guia completo sobre o assunto!
O que é renda variável?
De maneira geral, podemos afirmar que os investimentos em renda variável são aqueles em que o retorno não é imediato. Como o próprio nome já sugere, eles podem variar conforme as oscilações do mercado. Pode ser que uma hora o seu dinheiro está rendendo e no minuto seguinte ele começa a cair, por exemplo.
Quer um exemplo? Imagine que você é um investidor e deseja comprar ações de empresas na bolsa — na verdade, comprará uma “cota” de participação naquela empresa.
Como o valor de mercado (da venda) dessa corporação depende de vários fatores — os mais comuns são: cotação do dólar, preço de insumos, matérias-primas e combustíveis, taxa Selic, expectativas do mercado, etc. Sendo assim, o custo das ações muda de acordo com essas condições e, junto a isso, o preço de compra e o de venda oscilem para cima e para baixo.
Uma das principais maneiras de ganhar dinheiro na renda variável é a transação comercial dos títulos de capital: comprar na baixa e vender na alta, lucrando a diferença. E ainda, é possível ganhar dinheiro com ações que pagam dividendos: a distribuição dos lucros da empresa para os acionistas.
Além das ações, também são comercializadas na bolsa outras modalidades de produtos de investimento em renda variável, como exchange-traded fund (ETFs), fundos imobiliários, fundos cambiais, ouro, commodities e mercado futuro, cada um com suas regras específicas.
Quais são os principais tipos de renda variável?
Investir em renda variável é uma boa estratégia para quem está em busca de ter uma carteira diversificada, com potencial para aumentar seus ganhos.
Embora este tipo de investimento tenha um grande risco, uma vez que o retorno não é garantido, ele é uma ótima opção para os investidores que querem alcançar ganhos maiores do que aqueles que podem ser obtidos em renda fixa. Conheça abaixo os principais tipos de renda variável:
Ações
Uma das principais maneiras de ganhar dinheiro na renda variável é a compra e venda de ações: você adquiri na baixa e negocia na alta, lucrando com a diferença. E, ainda, é possível conseguir reembolsar uma boa quantia que pagam dividendos: a distribuição dos lucros da empresa para os acionistas.
Exchange traded funds (ETFs)
Por meio dos exchange traded funds (ETF), você investe em uma carteira que replica a rentabilidade de um índice de referência, como o Ibovespa ou a bolsa americana. Assim, é possível diversificar suas aplicações sem precisar acompanhar diferentes títulos de participação listadas nas Bolsas de Valores, o que traz mais praticidade para você.
Fundos imobiliários (FIIs)
O fundo imobiliário (FIIs) reúne investidores que possuem interesse em aplicar em conjunto na indústria de imóveis. É uma estratégia utilizada por quem quer diversificar a carteira, contando com a liquidez do mercado e valorização das propriedades.
Brazilian Depositary Receipts (BDR)
Os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) são as ações emitidas por empresas de outros países que são negociadas aqui no Brasil. Eles facilitam o investimento em companhias que antes só eram acessíveis para quem tivesse conta no exterior.
Qual é a diferença entre renda fixa e renda variável?
A principal de diferença entre a renda fixa e variável é a previsibilidade. Enquanto no primeiro modelo é possível ter um controle muito maior do que esperar de rentabilidade, no segundo, isso não acontece. Confira abaixo os principais pontos para levar em consideração referente a cada uma.
Renda fixa: previsibilidade, baixo risco, investimentos mais simples, lucro mais baixo.
Renda variável: impossível de prever, alto risco, investimentos complexos, lucro mais alto.
Dessa forma, como deu para perceber, a renda fixa é mais previsível, porém não traz um retorno tão expressivo, já a variável é inversamente proporcional, ou seja, não tem nenhuma maneira de antever, mas traz um resultado muito melhor. Para entender melhor sobre o tema, confira também nosso glossário da renda fixa e entenda todas as nomenclaturas usadas nesse nicho.
Quais as vantagens da renda variável?
Uma das principais vantagens da renda variável é a possibilidade de aumentar o seu patrimônio e potencializar os lucros. Apesar do risco ser grande, os ganhos são proporcionais. Essa é uma ótima opção para quem quer diversificar a carteira e aumentar a possibilidade de obter resultados financeiros positivos.
Quais são os riscos da renda variável?
Por não ser previsível, a Renda Variável se torna uma opção um tanto arriscada para se investir. As oscilações do mercado financeiro são comuns e refletem diretamente na sua aplicação. O cenário político e econômico pode gerar maior volatilidade no preço das ações, uma vez que muitos ativos são precificados pela oferta e demanda de curto prazo.
Podem existir situações em que o custo de algum ativo caia e permaneça em baixa por um longo período, o que pode impactar na demora para recuperar o valor anterior. Nesses casos, um investidor que precise vender a suas ações quando o preço está em baixa, acaba tendo prejuízo.
As possíveis perdas fazem parte do mundo das aplicações. É preciso compreender a dinâmica para não se frustrar com momentos de queda e, se possível, manter até uma possível reversão, caso o mercado seja favorável para um novo cenário de alta.
Confira também: Como investir em tempos de crise?
E como minimizar esses riscos?
Não é possível cortar todos os riscos da renda variável da sua vida, mas você pode adotar estratégias que irão te ajudar a tomar decisões mais objetivas. Para minimizar esses ameaças e ter mais segurança na hora de investir, é possível adotar medidas que vão ajudar neste processo. Confira abaixo.
Risco de liquidez
De uma forma geral, a liquidez representa a velocidade em que é possível converter um investimento em dinheiro. A vulnerabilidade à falta de recursos líquidos pode fazer com que você obtenha um menor ganho ao resgatar um investimento. Em casos de baixa, o valor do seu ativo pode cair, o que acarretará prejuízos.
Confira: Tripé dos investimentos: saiba como funciona e como usar para investir.
Conheça o seu perfil de investidor
O primeiro passo para começar a investir é identificar o seu perfil de investidor. Além de saber qual é o seu nível de tolerância ao risco, o perfil ajuda a definir estratégias de investimento mais assertivas. Algumas pessoas podem querer priorizar a segurança e a estabilidade, enquanto outras podem querer maior rentabilidade apesar dos riscos mais altos.
Diversifique seus investimentos
É essencial criar uma carteira de investimentos abrangente para assegurar a preservação do seu capital. Ao alocar recursos em diferentes ativos de renda fixa e variável, com variados níveis de exposição ao risco, é viável guardar o dinheiro e obter retornos atrativos simultaneamente.
Defina seus objetivos
Você já sabe quais são seus objetivos financeiros? Reflita sobre cada um com critério e atenção. A renda variável pode ser uma melhor opção para as metas de longo prazo se complementada a carteira com ativos de renda fixa.
Estude o mercado financeiro
Para alcançar os melhores resultados, aprofunde seus conhecimentos sobre o mercado e mantenha-se atualizado sobre as notícias e a situação econômica nacional e global. Familiarizar-se e compreender o funcionamento do setor de investimentos tem um impacto significativo em suas decisões.
Investir em renda variável é seguro?
Antes de apostar em investimentos de renda variável, é fundamental possuir o conhecimento acerca de seu perfil de investidor e o nível de tolerância ao risco que o caracteriza. Como mencionado anteriormente, esse tipo de aplicação é suscetível à instabilidade, dessa forma, o retorno pode não ser tão certo.
Procure instituições sólidas e com bastante tempo de mercado, como o Sicredi, antes de escolher onde você vai colocar o seu dinheiro. É importante que você tenha conhecimento sobre o assunto e estude bastante para tomar decisões mais estratégicas e que estejam conforme os seus objetivos financeiros.
Como começar a investir em renda variável?
Para quem ainda não é tão familiarizado com a renda variável — ou até mesmo para quem já é e deseja diversificar — uma opção interessante é investir por meio de fundos de investimento que compram ativos. Essa carteira funciona como um “condomínio” onde os aplicadores de recursos compram cotas de participação e a gestora fica responsável por adquirir e vender ativos para aumentar o patrimônio dos investidores do fundo.
Alguns fundos de investimento são especializados em aplicar, total ou parcialmente, em ativos de renda variável, como os fundos de ações, fundos multimercado e os fundos cambiais.
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