Como investir após reversão da Selic? Pré-fixados são opção
Renda fixa é alternativa em tempos de alta de juros, mas com a possibilidade de redução, investimentos com taxas pré-fixadas podem garantir ganhos futuros com base nos patamares atuais.
Quando a taxa de juros no país está alta, a renda fixa é uma ótima opção, principalmente da modalidade pós-fixada atrelada à Selic. Com um cenário de possível reversão, em que o mercado começa, gradualmente, a diminuir a taxa de juros, muitas pessoas ficam preocupadas com a rentabilidade futura de seus investimentos. Por isso, é importante considerar os investimentos pré-fixados nesses momentos e garantir taxas acordadas a partir dos patamares atuais. Entenda melhor:
> Tendência de crescimento da taxa de juros = pós-fixado se valoriza ao longo do ciclo de alta.
> Tendência de queda de taxa de juros = pré-fixado se valoriza ao longo do ciclo de queda por manter a rentabilidade da taxa Selic alta ao longo da duração do título. Ou seja, ao contratar hoje um título pré-fixado com taxa de 13,75% ao ano, com duração de 2 anos, por exemplo, quando chegarmos ao ano de 2025, talvez a taxa Selic esteja em 10% ou 9% e ainda teremos uma rentabilidade de 13,75% a.a. Por isso, o título se aprecia ao longo desse ciclo.
Continue a leitura e saiba mais detalhes sobre este tipo de renda fixa e se é uma opção alinhada ao seu perfil de investidor.
O que é renda fixa?
É o tipo de investimento com a modalidade mais procurada por investidores que desejam ter rendimentos mais seguros e estáveis, e buscam opções de baixo risco. Os títulos de renda fixa são um dinheiro que o investidor empresta a uma instituição financeira, para que ela empreste a terceiros, dentro de um período e condições pré-estabelecidas. Após um prazo, a instituição financeira divide a rentabilidade com o investidor de acordo com um percentual previamente acordado.
Existem diversos tipos de títulos de renda fixa, e eles são categorizados de acordo com critérios em comum, e também podem ser denominados como “aplicação” financeira, ou “ativo” financeiro. São exemplos de títulos de renda fixa nas instituições financeiras cooperativas: RDC (Recibo de Depósito Cooperativo), Fundos de Renda Fixa, LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e Poupança. Conheça abaixo um pouco mais sobre algumas dessas aplicações.
Quer tirar dúvidas sobre as siglas e termos que envolvem os investimentos em renda fixa?
Clique e leia o nosso glossário.
O que são investimentos pós-fixados e pré-fixados
O rendimento pós-fixado a taxa de juros que está indexada a um indicador financeiro da economia, como inflação (IPCA), Taxa Selic, CDI (Certificado de Depósito Interbancário), entre outras. Por se tratar de uma taxa que varia com o tempo, a remuneração dos juros busca aproveitar essas oscilações. Portanto, não é possível calcular o quanto o investidor ganhará no final, e ele pode fazer apenas estimativas de acordo com as tendências da economia.
Já os investimentos pré-fixados são aqueles em que você já sabe, desde o início, qual será a sua rentabilidade. Isso porque eles possuem uma taxa determinada no momento da contratação do investimento. Ou seja, você já sabe quanto irá receber de volta no final do período do investimento. Como opção para esse estilo de aplicação podemos citar o RDC e a LCA.
O que é LCA?
A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) é um título ligado ao agronegócio, e serve para financiar as atividades do setor. O investidor que compra esses títulos está emprestando dinheiro para uma instituição financeira, que irá, então, emprestar esses recursos para empresas do agronegócio.
O diferencial da LCA em relação a outros títulos de renda fixa é o fato dela ser isenta de Imposto de Renda. Contudo, as LCAs exigem um período legal mínimo de carência de 90 dias, em que o dinheiro não pode ser movimentado. A liquidez desse tipo de aplicação também é menor, porém a rentabilidade é mais alta.
Vale ressaltar que este rendimento pode ser pré ou pós-fixado. Na alternativa pré-fixada você saberá, no momento da contratação, exatamente a rentabilidade da sua aplicação e não permite resgate antecipado.
Já o título pós-fixado é uma oportunidade de diversificar sua carteira, com rentabilidade atrelada ao CDI, com diversos prazos de aplicação, podendo ser tanto um investimento de curto prazo quanto de longo prazo e permite resgate antecipado diário após o período de carência.
O que é RDC?
Se você é um associado Sicredi e quer diversificar a carteira de investimento com opções de baixo risco, solidez e rentabilidade, investir no RDC é uma ótima escolha. Este é um tipo de aplicação em renda fixa emitido pelas instituições financeiras cooperativas. Suas características e funcionamento são semelhantes ao CDB (Certificado de Depósito Bancário) das instituições financeiras não cooperativas.
O RDC pode ter liquidez diária – quando o dinheiro pode ser resgatado em até um dia útil na conta corrente – ou não, dependendo de cada caso. A rentabilidade pode ser em regime de juros pré ou pós-fixados ou em modelo híbrido, e o tempo de investimento pode ser de curto, médio e longo prazo.
Aqui no Sicredi, o RDC é chamado comercialmente de Sicredinvest e possui alguns formatos que variam conforme o objetivo do investidor. Saiba mais sobre o Sicredinvest e a modalidade de Depósito a prazo.
Cada aplicação tem um prazo determinado e, na data combinada, o investidor recebe o valor que investiu acrescido da rentabilidade prevista na contratação. Além disso, por ser um associado, pode ainda ter rendimentos conforme os resultados da sua cooperativa.
Descubra mais 4 motivos para investir em renda fixa
Como você pode perceber, funciona como um empréstimo. Ao invés de a pessoa solicitar o crédito e pagar juros à instituição, ela faz o oposto: empresta seu próprio dinheiro. Então, a emissora do título pode utilizá-lo para realizar suas atividades.
Ficou interessado? Quer saber mais sobre como investir na modalidade, mas ainda não é nosso associado? Abra a sua conta, converse com o seu gerente e invista com segurança.