Educação financeira é assunto para ser tratado desde a infância. Abordar o tema no dia a dia, de forma leve e adaptada para a idade e o nível de conhecimento de cada criança, é fundamental para que elas tenham familiaridade e cresçam mais responsáveis financeiramente.

Conversar sobre o assunto e ensinar, por meio de pequenos desafios e atitudes, é a melhor estratégia para criar um comportamento positivo em relação ao dinheiro. Traçando um paralelo com a economia, a educação financeira nas idades iniciais é como uma reserva, em que as crianças acumulam conhecimento para ser aplicado ao longo da vida.

Engana-se quem pensa que educação financeira se resume a dar mesada. Ela é muito mais do que isso: é ajudar as crianças a ter noção de futuro; é dar ferramentas para escolhas sustentáveis; indicar limites e disciplina; ensinar planejamento, cooperação, organização e autocontrole. Lições que se aplicam não só às finanças, mas também à vida.

Segundo Vera Rita de Mello Ferreira, doutora em psicologia social e consultora em educação financeira, até os 4 anos de idade, as crianças identificam a cédula, mas não têm a noção de valor. Ainda é uma brincadeira, mas já com alguma ideia vaga de compra. Entre 4 e 5 anos, elas já entendem que há coisas compráveis e que o dinheiro é necessário para adquiri-las. Mas ainda assim, não sabem a origem, acreditam que é só pegar na instituição financeira e não entendem que o cartão de crédito precisa ser pago.

Entre 6 e 7 anos, segundo a especialista, já com a alfabetização e as primeiras operações matemáticas, elas começam a entender o valor das notas e dos objetos. Ainda não sabem ao certo o que é troco, mas já percebem que é preciso trabalhar para ter dinheiro. Muitas vezes, ao comprar alguma coisa, esperam pelo troco apenas pelo ritual da operação. Dos 7 aos 10 anos, o conceito de troco está plenamente formado e já sabem que o dinheiro que é retirado da instituição financeira precisa ser depositado lá antes. A relação trabalho versus remuneração começa a ficar mais sólida. Depois dos 10 anos, raciocínio e conhecimento básico começam a se complementar trazendo relações de causa e efeito. Elas já têm alguma noção de precificação, produção, entre outros conceitos, ainda que não totalmente formados.

 

Dar mesada para as crianças: sim ou não?

Na verdade, depende. A mesada é uma excelente forma de introduzir a garotada no mundo das finanças - desde que os conceitos também sejam transmitidos. Ensinar noções de caro e barato, origem do dinheiro, benefícios de gastar conscientemente, importância de poupar e ter objetivos para o uso daquelas cédulas são lições necessárias. Além disso, é preciso monitorar e educar a forma como elas irão administrar o próprio dinheiro. Para crianças abaixo de 7 ou 8 anos o mais recomendado é a semanada – pois um mês poderá ser muito tempo para elas.

E o mais importante: dê o exemplo. Os adultos são os exemplos das crianças, especialmente pais e parentes próximos, pois elas repetem ou repelem o comportamento que veem dentro de suas próprias casas. Assim, se o comportamento financeiro é uma realidade em casa, ela naturalmente, seguirá as práticas.

 

Programa Cooperação na Ponta do Lápis traz a Turma da Mônica para ensinar

Ciente da importância da educação financeira para as crianças, disponibilizamos gratuitamente gibis em nossas agências*, uma série de vídeos e um site especial com brincadeiras online por meio de histórias da Turma da Mônica. Desenvolvido em parceria com a Mauricio de Sousa Produções, nos vídeos e brincadeiras, os personagens passam, de forma divertida, lições sobre educação financeira para incentivar uma conversa leve sobre o tema entre adultos e crianças. As ações fazem parte do Programa Cooperação na Ponta do Lápis do Sicredi.

Quer saber mais sobre educação financeira? Acesse o site do Programa Cooperação na Ponta do Lápis, iniciativa inovadora do Sicredi para ajudar você a se relacionar melhor com o dinheiro.

*Conforme disponibilidade local. Clique aqui a confira a agência mais próxima de você.

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