Nomes Populares:
Pitanga, Pitangueira, Cerejeira-brasileira,
Pitanga-vermelha, Pitanga-preta
Nome Científico:
Eugenia uniflora
Com ocorrência natural na América do Sul, Eugenia uniflora é encontrada principalmente no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No território brasileiro, é comum em diferentes formações vegetais, incluindo Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.
Amplamente presente em todo o Brasil, Eugenia uniflora é especialmente comum nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste. A espécie ocorre em matas ciliares, restingas, capoeiras e até em áreas urbanas, preferindo solos bem drenados e locais com boa luminosidade.
Com porte variável, essa espécie pode se apresentar como arbusto ou árvore, alcançando de 2 a 10 metros de altura. O tronco é geralmente curto, com diâmetro entre 10 e 30 centímetros, e a casca, fina, tem coloração cinza-clara a marrom, desprendendo-se em pequenas escamas. As folhas são simples, opostas, de formato elíptico a oval, com margens inteiras e coloração verde-escura brilhante na face superior e mais clara na inferior. As flores, pequenas, brancas e aromáticas, possuem quatro pétalas e numerosos estames, sendo muito atrativas para abelhas e outros polinizadores. Os frutos são bagas globosas, que podem variar entre vermelho, laranja, amarelo ou preto, com polpa suculenta e sabor doce-ácido, envolvendo uma ou duas sementes.
A Pitangueira, seja como arbusto ou árvore de pequeno porte, geralmente vive entre 20 e 30 anos.
A madeira da Eugenia uniflora é dura, pesada e resistente, apresentando coloração que varia do branco ao marrom-claro. No entanto, devido ao porte reduzido da planta, seu uso comercial é limitado, sendo mais comum para pequenos utensílios, lenha e carvão.
A espécie exerce papel importante na manutenção da biodiversidade. Seus frutos fornecem alimento para aves, mamíferos e insetos, que, ao consumi-los, auxiliam na dispersão das sementes e na regeneração natural das florestas. As flores são fonte de néctar para abelhas e outros polinizadores, favorecendo a polinização cruzada. Além disso, a pitangueira contribui para a ciclagem de nutrientes e para a proteção do solo, prevenindo erosão em áreas de encosta e margens de rios.
Com destaque no setor frutífero, a Eugenia uniflora tem grande relevância econômica. Seus frutos são comercializados em feiras e mercados regionais, e os derivados, como sucos, geleias e licores, possuem valor agregado em nichos especializados. Além disso, a pitangueira é muito utilizada como planta ornamental em áreas urbanas e rurais. O uso medicinal tradicional também contribui para seu valor, especialmente em comunidades que mantêm práticas fitoterápicas.
Embora não seja considerada ameaçada, a preservação dos habitats naturais da pitangueira é essencial para manter suas funções ecológicas e econômicas. A espécie é amplamente utilizada em projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, onde seu manejo sustentável ajuda a melhorar a qualidade do solo, atrair fauna e oferecer recursos para comunidades locais. Práticas adequadas de cultivo e conservação garantem a continuidade do uso de seus frutos e derivados.