Nomes Populares:
Pau-marfim, Guatambu, Marfim,
Marfim-de-leite
Nome Científico:
Balfourodendron riedelianum
Natural da América do Sul, a Balfourodendron riedelianum ocorre principalmente no Brasil, Paraguai e Argentina. Em território brasileiro, é encontrada em áreas da Mata Atlântica e também no Cerrado.
A presença da espécie no Brasil se concentra nas regiões Sudeste e Sul, abrangendo estados como São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ela cresce em florestas estacionais semideciduais e ombrófilas, preferencialmente em solos férteis e bem drenados.
De médio a grande porte, Balfourodendron riedelianum pode atingir entre 15 e 30 metros de altura. Seu tronco é reto e cilíndrico, com diâmetro que varia de 50 a 100 centímetros. A casca, fina e de cor cinza-clara a acastanhada, se desprende em pequenas placas. As folhas são compostas e opostas, com folíolos de formato elíptico a oblongo, em tom verde-claro. As flores, pequenas e de coloração esbranquiçada a amarelada, surgem em inflorescências terminais. Os frutos são cápsulas lenhosas que, ao se abrirem, liberam sementes aladas.
Com madeira altamente valorizada, a Balfourodendron riedelianum — conhecido popularmente como Pau-marfim — pode viver entre 80 e 150 anos, dependendo das condições ambientais e do manejo.
A madeira do Pau-marfim é reconhecida por sua qualidade superior: pesada, densa, durável e com coloração que varia do branco ao creme-rosado. Possui textura fina e grãos geralmente retos, o que garante uniformidade e resistência. Por essas características, é amplamente utilizada na marcenaria fina e na fabricação de móveis de alto padrão.
Nos ecossistemas tropicais e subtropicais, a Balfourodendron riedelianum exerce papel fundamental. Como árvore de grande porte, contribui para a formação do dossel florestal, oferecendo sombra e abrigo para diversas espécies de fauna, como aves, mamíferos e insetos. Suas flores atraem polinizadores — especialmente abelhas — que são essenciais para a reprodução de outras plantas. Os frutos alados são dispersos pelo vento, favorecendo a colonização de novas áreas e a regeneração natural das florestas. A espécie também participa da ciclagem de nutrientes e ajuda na estabilização do solo, prevenindo erosões e fortalecendo a saúde do ecossistema.
O Pau-marfim (Balfourodendron riedelianum) possui alto valor comercial, especialmente pela qualidade superior de sua madeira. Utilizada na fabricação de móveis finos, pisos, assoalhos e instrumentos musicais, sua madeira também é exportada para mercados internacionais, onde é apreciada por sua estética e durabilidade. Além do uso madeireiro, a espécie tem relevância em projetos de reflorestamento e na conservação de áreas da Mata Atlântica e do Cerrado.
Apesar de seu alto valor econômico, o Pau-marfim enfrenta riscos devido à exploração excessiva e à perda de habitat. A conservação da espécie depende da adoção de práticas de manejo sustentável, como o incentivo à regeneração natural e ao plantio em sistemas agroflorestais. A proteção de áreas nativas da Mata Atlântica e do Cerrado, onde a espécie ocorre naturalmente, é essencial para garantir sua preservação e a continuidade dos benefícios ecológicos e econômicos que oferece.