Nomes Populares:
Leiteiro, Leiteiro-branco, Leiteira, Pau-leite
Nome Científico:
Sapium glandulatum
A Sapium glandulatum é uma árvore nativa da América do Sul, bastante comum no Brasil, especialmente em formações de Mata Atlântica, Cerrado e florestas com estações bem definidas. Ela pertence à família das Euphorbiáceas.
Essa espécie ocorre naturalmente em várias regiões do Brasil, com destaque para os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Também é encontrada em países vizinhos, como Argentina e Paraguai. Adapta-se bem a solos pobres e ambientes abertos ou em processo de regeneração, sendo comum em capoeiras, bordas de matas e áreas degradadas.
Conhecida popularmente como Leiteiro, essa árvore tem porte pequeno a médio, podendo atingir entre 8 e 18 metros de altura. Seu tronco é reto e a copa arredondada. A casca é cinza e rugosa, e libera um látex branco quando ferida — característica que dá origem ao nome popular. As folhas são simples, alternadas, com formato que varia de elíptico a alongado e bordas serrilhadas. As flores são pequenas, esverdeadas e separadas por sexo, surgindo em grupos no topo dos ramos. O fruto é uma cápsula com três compartimentos, que se abre sozinha quando amadurece.
O Leiteiro (Sapium glandulatum) tem uma expectativa de vida considerada média a baixa, variando entre 30 e 50 anos, dependendo das condições ambientais e ecológicas em que se desenvolve.
A madeira dessa espécie é leve e tem baixa durabilidade natural, com coloração clara. Por ser frágil, não tem grande valor comercial, sendo usada principalmente de forma local para lenha, estacas e utensílios rústicos. O látex branco que sai da casca quando ferida possui propriedades tóxicas, mas ainda é pouco explorado economicamente.
O Leiteiro (Sapium glandulatum) tem papel importante na regeneração natural de florestas secundárias. Sua presença em áreas abertas e degradadas ajuda a proteger o solo contra a erosão, melhora o microclima local e favorece o crescimento de outras espécies vegetais. Os frutos servem de alimento para aves e pequenos mamíferos, contribuindo para a cadeia alimentar e ajudando na dispersão de sementes.
Apesar de ter baixo valor comercial como madeira, o Leiteiro possui importância econômica indireta. Seu uso em programas de recuperação ambiental e enriquecimento de áreas degradadas é estratégico, graças à sua rusticidade, crescimento rápido e capacidade de se desenvolver em solos pobres. Isso pode gerar benefícios econômicos em projetos de compensação ambiental, recuperação de passivos e reflorestamento legal.
Embora o Leiteiro não esteja atualmente classificado como espécie ameaçada, seu uso em projetos ambientais deve ser bem planejado, especialmente por conta do látex tóxico, que pode representar risco em áreas próximas a animais e pessoas. Como espécie pioneira, é ideal que seja manejada junto com espécies secundárias e de clímax, promovendo a sucessão ecológica e o equilíbrio do ecossistema restaurado.