Nomes Populares:
Ingá-branco, Ingá-de-macaco, Ingá-cipó,
Ingá-mirim, Ingá-de-praia
Nome Científico:
Inga laurina
A Inga laurina é uma árvore nativa das regiões tropicais e subtropicais da América Latina e do Caribe. No Brasil, ela aparece em diversas áreas, sendo comum em florestas tropicais, matas próximas a rios e também em regiões de restinga.
Essa espécie está espalhada por praticamente todo o Brasil, ocorrendo nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. É encontrada em florestas densas, matas ciliares, áreas com estações bem definidas e também em regiões de restinga. Prefere solos que não acumulam água e ambientes úmidos, como margens de rios e córregos.
O Ingá-branco é uma árvore de porte médio a grande, podendo chegar a 10 ou até 20 metros de altura. Seu tronco é reto e pode ter entre 30 e 60 centímetros de espessura. A casca é fina, com coloração que varia do cinza-claro ao marrom, geralmente lisa ou com pequenas rachaduras. As folhas são compostas por pares de folíolos com formato oval ou alongado, de cor verde-escura e brilhante. As flores são brancas e aparecem em grupos alongados que lembram escovas, sendo muito atrativas para polinizadores como as abelhas. Já os frutos são vagens verdes e compridas, com polpa branca e doce, que envolve sementes pretas.
Essa árvore, de porte médio, costuma viver entre 30 e 50 anos.
A madeira do Ingá-branco é leve e tem baixa densidade, com coloração clara que varia entre branco e bege. Por ser frágil, não é muito usada em estruturas, mas pode ser aproveitada como lenha ou na produção de pequenos objetos e utensílios simples.
Essa árvore tem papel importante em ecossistemas florestais e em áreas próximas a rios. Por ser uma leguminosa, ela consegue captar o nitrogênio do ar e transferi-lo para o solo, o que melhora a fertilidade e beneficia outras plantas ao redor. Seus frutos atraem diversos animais, como aves, mamíferos e insetos, que ajudam a espalhar as sementes e contribuem para a regeneração natural da vegetação. As flores são fonte de alimento para polinizadores, como abelhas, o que ajuda a manter a biodiversidade. Além disso, o Ingá-branco ajuda a proteger margens de rios e córregos, evitando erosões e preservando os recursos hídricos.
O Ingá-branco tem valor econômico principalmente como planta frutífera e por seu papel em sistemas agroflorestais. Seus frutos são consumidos localmente e têm importância em mercados regionais. Além disso, a espécie é bastante usada na recuperação de áreas degradadas, ajudando a melhorar o solo e a restaurar a vegetação nativa. O uso medicinal em comunidades tradicionais também dá à planta um valor cultural e econômico relevante.
Embora essa espécie não esteja atualmente ameaçada de extinção, é essencial preservar os ambientes onde ela cresce para garantir que continue cumprindo seu papel ecológico. A espécie é bastante valorizada em projetos de recuperação ambiental e em sistemas agroflorestais, onde seu cultivo sustentável ajuda a melhorar o solo, aumentar a biodiversidade e oferecer recursos importantes para as comunidades locais. Por isso, é fundamental incentivar práticas de plantio e manejo que respeitem o equilíbrio da natureza e garantam o uso responsável da espécie.