Nomes Populares:
Cedro-rosa, Cedro, Cedro-missioneiro,
Cedro-branco, Cedro-brasileiro
Nome Científico:
Cedrela fissilis
Essa árvore é nativa da América do Sul e pode ser encontrada em países como Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia. No território brasileiro, cresce principalmente nas florestas da Mata Atlântica, tanto nas áreas que perdem parte das folhas durante o ano quanto nas mais úmidas. No entanto, também aparece em outros tipos de vegetação, como no Cerrado e em algumas regiões da Floresta Amazônica.
O Cedro-rosa está presente em várias regiões do país, especialmente no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, incluindo estados como Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e também em áreas da Amazônia. Ela cresce melhor em solos ricos e bem drenados, sendo comum em matas mais preservadas, mas também aparece em florestas que estão se recuperando.
Essa espécie pode atingir grandes alturas, variando entre 20 e 35 metros. Seu tronco é reto e cilíndrico, podendo chegar a até 1 metro de diâmetro. A casca tem uma textura áspera, com coloração entre o cinza e o marrom, e costuma se soltar em pedaços, especialmente nas árvores mais velhas. As folhas são formadas por vários folíolos (pequenas folhas ligadas a um mesmo caule), com um verde brilhante na parte de cima e um tom mais claro na parte de baixo. As flores são pequenas, de cor esbranquiçada a amarelada, e nascem em grupos ramificados. Já o fruto é uma cápsula dura que se abre quando amadurece, liberando sementes com “asas” que ajudam a serem levadas pelo vento.
Conhecido por seu porte imponente, o cedro-rosa pode viver por mais de 100 anos, especialmente quando cresce em florestas bem preservadas. Essa longa vida contribui para sua importância ecológica e para o valor que tem em diferentes usos ao longo do tempo.
Muito apreciada por marceneiros, a madeira do cedro-rosa é leve, macia e fácil de trabalhar. Sua cor varia entre o marrom-claro e o rosado, o que deu origem ao seu nome popular. Possui textura fina e veios geralmente retos, o que facilita o corte e o acabamento. Além de ser fácil de polir, essa madeira tem uma durabilidade considerada boa e oferece resistência natural contra cupins. Por essas qualidades, é bastante usada na fabricação de móveis, portas, janelas e outros itens de marcenaria.
Como uma árvore de grande porte, o cedro-rosa tem um papel essencial nas florestas tropicais e subtropicais. Ele ajuda a formar a parte mais alta da floresta, criando sombra e abrigo para muitas outras espécies de plantas e animais. Seus frutos e sementes servem de alimento para aves e pequenos mamíferos, que, ao se alimentarem, também espalham as sementes pela floresta, ajudando na regeneração natural. Além disso, essa árvore contribui para manter o solo firme e rico em nutrientes, sendo especialmente importante em áreas que estão se recuperando de desmatamento ou degradação.
Muito valorizado no mercado, o cedro-rosa tem grande importância econômica, principalmente por causa da qualidade de sua madeira. Leve, bonita e fácil de trabalhar, ela é bastante procurada tanto no Brasil quanto em outros países, sendo usada na fabricação de móveis, instrumentos musicais e acabamentos internos, como painéis e molduras. Mas o valor da espécie vai além da madeira. Em muitas regiões, a casca é usada na medicina tradicional, e a árvore também tem papel importante em projetos de reflorestamento. Por se adaptar bem e ajudar na recuperação de áreas degradadas, o cedro-rosa contribui para a conservação da biodiversidade em florestas tropicais e subtropicais.
Por causa da retirada excessiva de madeira e da destruição de seu ambiente natural, o cedro-rosa é hoje considerado uma espécie vulnerável à extinção. Para garantir sua sobrevivência, é essencial adotar práticas que respeitem o equilíbrio da natureza. Entre essas ações estão o plantio em sistemas que combinam árvores com outras culturas (agroflorestas), a regeneração natural das áreas onde a espécie já existe e a proteção das florestas que ainda restam. Também é importante que a exploração da madeira seja feita de forma controlada e que se incentive o cultivo comercial da árvore. Assim, é possível preservar as populações nativas e manter o uso econômico da espécie de forma responsável.