Nomes Populares:
Angico-branco, Angico, Angico-do-campo,
Angico-cambui, Curupira, Angico-cascudo, Angico-coco.
Nome Científico:
Anadenanthera colubrina
A Anadenanthera colubrina é uma árvore nativa da América do Sul, especialmente de países como Brasil, Bolívia, Paraguai, Peru e Argentina. No Brasil, ela cresce naturalmente em quase todas as regiões, sendo mais comum na Caatinga, no Cerrado e em florestas que perdem parte das folhas em certas épocas do ano.
Essa espécie é encontrada em muitas regiões com clima quente e úmido, como áreas tropicais e subtropicais. Ela vive em diferentes tipos de ambientes, como florestas com vegetação mais aberta, beiras de rios, áreas de transição entre diferentes tipos de vegetação e até em locais que já foram modificados pelo ser humano. No Brasil, está presente em quase todo o país, principalmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
O angico-branco é uma árvore que pode variar de tamanho médio a grande, alcançando entre 15 e 25 metros de altura e com troncos que podem ultrapassar 60 centímetros de largura. Seu tronco é reto, com casca grossa, de cor acinzentada e cheia de rachaduras profundas, de onde sai uma goma escura. As folhas são divididas em várias partes pequenas, e as flores, também pequenas, são brancas ou quase brancas, reunidas em grupos arredondados que atraem muitas abelhas. Os frutos são vagens achatadas e duras, com sementes em formato oval.
É uma árvore que vive muito tempo, geralmente entre 60 e 120 anos, podendo durar ainda mais quando cresce em locais bem preservados e com pouca interferência humana.
A madeira do angico-branco é pesada, muito resistente e dura por bastante tempo, mesmo quando exposta ao tempo. Tem uma cor marrom-avermelhada e uma textura bem lisa. É bastante resistente ao apodrecimento e ao ataque de insetos que costumam danificar a madeira. Por isso, é muito valorizada e usada em construções e em trabalhos que exigem madeira de alta qualidade.
Por ser uma árvore resistente e que cresce rápido, o angico-branco é muito usado em projetos de recuperação de áreas desmatadas, no reforço de florestas e na replantação de matas ao redor de rios. Suas flores produzem néctar e pólen, atraindo muitos insetos, principalmente abelhas nativas. As sementes também servem de alimento para aves e pequenos animais. Além disso, essa árvore ajuda a melhorar a qualidade do solo, pois tem a capacidade de captar nitrogênio do ar e transferi-lo para a terra.
A madeira do angico-branco é bastante valorizada, especialmente em regiões do interior, por ser muito resistente e durável. Além disso, sua casca, que é rica em tanino, é usada por pequenos produtores no processo artesanal de tratamento de couro. Essa árvore também tem grande potencial para projetos de reflorestamento que combinam a recuperação do meio ambiente com a produção de madeira e a coleta de outros produtos naturais, como a goma da casca.
Embora o angico-branco não esteja ameaçado de extinção no momento, é importante que seu uso seja feito de forma cuidadosa, já que em algumas regiões ele tem sido muito explorado. Essa árvore se reproduz bem na natureza e também pode ser cultivada com facilidade a partir de sementes. É uma ótima opção para projetos que misturam agricultura com floresta, para reflorestamento e também para ser plantada como árvore de sombra ou para proteger nascentes de água.